Um homem morreu e outro ficou ferido, por volta das 14h40 deste domingo, após militares do Exército atirarem contra o carro no qual eles estavam, em Guadalupe, na Zona Oeste do Rio. Familiares e amigos de ambos alegam que eles foram confundidos com bandidos. Já o Exército afirma que os homens são criminosos e atiraram contra a tropa, que só revidou “a injusta agressão”. Um homem que passava pela rua também ficou ferido. Ainda não há informações sobre seu estado de saúde.

Nas redes sociais, dezenas de moradores da região fizeram postagens defendendo que os dois homens que estavam no carro e foram alvejados são inocentes e foram baleados por engano. Vídeos que circulam mostram moradores acusando os militares de atingirem pessoas inocentes. Internautas relatam que os militares confundiram o carro das vítimas com o de assaltantes. Imagens publicadas nas redes sociais mostram um clima tenso entre militares e moradores.
“Um pai de família que se vai, a família estava dentro do carro”, disse uma usuária do Facebook.
“Pessoal do exército confundiu carro da família com o carro dos bandidos que era parecido. Como o carro era de vidro escuro, metralhou e não eram os bandidos”, afirmou outra pessoa.
“Teve sim (troca de tiros) mais cedo, mas nessa hora não havia mais, eles confundiram e metralharam o carro”, escreveu mais um internauta.

Em nota, o Comando Militar do Leste informou que os militares teriam se deparado com um assalto em andamento e os supostos criminosos, ao avistarem a viatura, abriram fogo contra a tropa, que revidou. “Como resultado, um dos assaltantes foi a óbito no local e o outro foi ferido, sendo socorrido e evacuado para o hospital”, diz o comunicado.
Mais cedo, uma guarnição do Exército que estava em patrulhamento na comunidade do Muquiço, onde há uma pequena vila militar, foi alvejada por inúmeros traficantes. Houve confronto no local, mas ninguém ficou ferido. Duas viaturas Lince blindadas, adquiridas no ano passado para as operações de Garantia da Lei e da Ordem no Rio de Janeiro, foram alvejadas.

A Delegacia de Homicídios da capital foi acionada e fez perícia no local, mas
