A Delegacia de Homicídios (DH) da capital já sabe que o projétil encontrado no glúteo da menina Maria Eduarda, de 13 anos, morta a tiros dentro da Escola Municipal Daniel Piza, em Acari, é de fuzil calibre 7,62. A munição era utilizada tanto pelos policiais militares quanto pelos criminosos que trocavam tiros em frente à unidade de ensino. Os PMs, no entanto, usavam um modelo PARAFAL e o suspeito, um AK-47. Com o exame de confronto balístico será possível saber de que arma partiu o disparo. Os três armamentos foram apreendidos pela especializada.
Os policiais militares Fábio Barros Dias e David Gomes Centeno, que tiveram os fuzis apreendidos, foram presos em flagrante por terem executado dois criminosos que já estavam caídos no chão, em frente à escola onde Maria Eduarda foi atingida. Eles também são suspeitos de terem dado os disparos que atingiram a menina. A DH, no entanto, ainda tenta identificar os outros policiais militares que estavam na operação. Já foi encaminhado um ofício à corporação solicitando as informações, mas a PM ainda não respondeu.
Em depoimento à especializada, os PMs presos afirmaram que estavam acompanhados de outros três colegas, que teriam entrado no local com eles, dentro de um caveirão. A DH ainda apura essa informação.
Nesta quarta-feira, um primo e um tio de Maria Eduarda que chegaram ao local logo após a menina ter sido baleada prestaram depoimento na especializada. A menina foi morta na última quinta-feira.