Um levantamento recente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) revelou um dado preocupante: Belford Roxo ocupa a última posição no ranking dos municípios fluminenses quando o assunto é desenvolvimento socioeconômico. A cidade da Baixada Fluminense, com mais de 500 mil habitantes, foi apontada como a pior colocada em todo o estado no Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), que avalia áreas como saúde, educação e geração de emprego e renda.
O resultado é alarmante e escancara os desafios enfrentados diariamente pela população de Belford Roxo. A pesquisa mostra que o município enfrenta sérias deficiências em serviços básicos, como educação de qualidade, atendimento de saúde pública e oportunidades no mercado de trabalho. A combinação desses fatores faz com que a cidade esteja em situação crítica no cenário estadual, atrás inclusive de municípios com menor estrutura e população reduzida.
De acordo com a Firjan, o IFDM é construído com base em dados oficiais dos ministérios da Educação, Saúde e Trabalho, o que confere credibilidade ao levantamento e amplia a urgência de uma resposta efetiva do poder público. O índice varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1, melhor o desempenho do município. Belford Roxo, infelizmente, ficou abaixo da média considerada aceitável, evidenciando a necessidade de políticas públicas mais eficientes e investimentos estruturais imediatos.
Moradores da região relatam abandono, falta de segurança, dificuldade de acesso a escolas e unidades de saúde em boas condições. Muitos também apontam a ausência de oportunidades de emprego como um dos principais fatores que afetam diretamente a qualidade de vida na cidade.
Especialistas alertam que, sem um plano de ação concreto e integrado, a situação pode se agravar ainda mais nos próximos anos, ampliando desigualdades e aprofundando problemas sociais. Para a Firjan, o objetivo do levantamento é justamente contribuir com o planejamento estratégico dos gestores públicos e mobilizar a sociedade civil para cobrar melhorias reais.
O resultado da pesquisa acende um sinal vermelho para Belford Roxo e exige uma reflexão profunda sobre o futuro da cidade e o compromisso das autoridades em reverter esse quadro preocupante.