presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira que não conhecia a vereadora Marielle Franco (Psol) até ela ser assassinada, em 14 de março do ano passado. E, sobre a prisão hoje de um ex-policial militar e de um policial militar reformado, suspeitos de assassiná-la, Bolsonaro comentou estar também interessado em saber quem mandou matá-lo durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG), em setembro de 2018.
“É possível que tenha um mandante. Eu conheci a Marielle depois que ela foi assassinada, apesar de ela ter sido vereadora com o meu filho [Carlos Bolsonaro] no Rio de Janeiro. Eu também estou interessado em saber quem mandou me matar”, disse “Não existe crime impossível [de ser desvendado], coisa rara. Espero que realmente a apuração tenha chegado de fato a esses executores e, mais importante, quem mandou matar”, afirmou.
Hoje, uma operação conjunta do Ministério Público e da Polícia Civil do Rio prendeu Ronnie Lessa, policial militar reformado, e Elcio Vieira de Queiroz, expulso da Polícia Militar. O primeiro é apontado como autor dos disparos que atingiram Marielle e seu morotista, Anderson Gomes, também morto no atentado. O segundo é suspeito de dirigir o carro que seguiu o veículo onde estavam as vítimas.
Ronnie mora no mesmo condomínio em que Bolsonaro residia no Rio antes de se mudar para Brasília para assumir a Presidência. E Elcio postou uma foto com Bolsonaro, durante a campanha.
“Eu tenho foto com milhares de policiais civis e militares hoje”, disse Bolsonaro, quando questionado sobre a foto. Ele não respondeu aos jornalistas sobre se conhecia Ronnie.
Bolsonaro foi esfaqueado na altura do abdômen por Adélio Bispo de Oliveira, que já foi filiado ao Psol, e sofre de doença mental, segundo laudo feito por peritos indicados pela Justiça Federal e tornado público no último dia 7 deste mês.