Bombeiro que salvava vidas chora para que a sua seja “salva”
Evandro trabalhava no Porto do Açu e conta seu drama ao Campos 24 Horas
O site Campos 24 Horas acompanha a história do jovem que há 9 anos trabalha salvando vidas e hoje, para que sua vida seja “salva”, está precisando de ajuda. Em janeiro deste ano o bombeiro civil Evandro Bernardo Monteiro, de 31 anos, sofreu acidente na RJ-240 (estrada que dá acesso à praia de Açu), quando estava no carro da empresa onde trabalhava, junto com mais quatro amigos, a caminho de mais um dia de ação. O veículo colidiu na traseira de um ônibus, deixando-o temporariamente paraplégico, com 10 pinos na coluna, uma bolsa de colostomia, sonda urinária, entre outros problemas ocasionados pelos quase dois meses de internação.
Evandro Bernardo diz que, “agora só quer ir para casa”, o que deve acontecer dentro de mais alguns dias, tempo que poderá se ver livre de uma infecção urinária que adquiriu. Mas o problema é justamente esse, porque os médicos já atestaram que, a partir daí, ele vai precisar de um acompanhamento de home care, o que a firma em que ele atuava, terceirizada do Porto do Açu, a C.M.Couto, ainda não providenciou.
A família de Evandro não sabe o que fazer, já que não tem condições de arcar com as despesas de assistência médica domiciliar do bombeiro. “A gente saia todos os dias de casa às 5h da manhã para o trabalho e em um desses dias o carro que levava a gente colidiu na traseira de um ônibus. Só eu que fiquei assim, os outros sofreram ferimentos leves. Mas para mim o pior ainda está por vir, quando sair daqui e não ter em casa cama de hospital, cadeira própria, cuidados médicos, de fisioterapia e outros que preciso para me tirar dessa situação. O que eu vou fazer?”, chora o bombeiro civil.
Evandro e sua mulher entraram em contato por telefone com a gerente da empresa, no Rio, que disse em mensagem de áudio que o plano de saúde dele e dos demais funcionários da empresa não cobre esse tipo de assistência domiciliar. E que iria ver o que seria feito para, pelo menos, disponibilizar alguns profissionais para acompanha-lo em casa. Segundo Evandro, até agora nada ficou resolvido de fato, estando cada dia mais próximo dele receber alta e ir para casa.
O Campos 24 Horas ligou para a empresa no Rio para saber da real situação, sendo atendido no Setor de RH por uma pessoa identificada como Raiane que, por sua vez passou o email da empresa e disse que a gerente, Rosilane, não estava. Em contato por celular um dia após, Rosilane atendeu e disse que não poderia falar no momento porque estava em reunião, pedindo para que o repórter ligasse mais tarde. Várias ligações foram feitas como havia sido combinado, mas ela não mais atendeu. Mensagens também foram deixadas na caixa de mensagem, sem resposta.
Fonte: campos 24 horas



