Uma operação do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) prendeu na manhã desta quarta-feira (9) o traficante conhecido como Gorilão, apontado como chefe do Comando Vermelho na Região Serrana do Rio de Janeiro. A captura aconteceu em um quarto de motel localizado na Rodovia Washington Luiz, onde o criminoso foi surpreendido enquanto estava com sua namorada.
Segundo informações da Polícia Militar, os agentes já monitoravam os passos do traficante há dias, com base em denúncias e investigações do setor de inteligência. A ação foi considerada cirúrgica e sem troca de tiros. Assim que os policiais bateram à porta do quarto, Gorilão abriu e foi imediatamente detido, recebendo voz de prisão ainda de roupão.
Durante a abordagem, os agentes encontraram joias, dois relógios de luxo e um aparelho celular em posse do criminoso. Todos os itens foram apreendidos e serão analisados pelas autoridades, que suspeitam que o celular contenha dados valiosos sobre o esquema de tráfico de drogas da facção.
Gorilão é considerado uma das principais lideranças do Comando Vermelho fora da capital, sendo responsável por comandar comunidades e pontos de venda de drogas em cidades como Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo. Ele também estaria envolvido em atos violentos e disputas territoriais com facções rivais, além de ordenar ataques contra forças de segurança.
De acordo com a polícia, a prisão representa um duro golpe contra o crime organizado na região serrana. “É uma figura que tinha bastante influência, não só operacionalmente, mas também no comando de decisões estratégicas do tráfico. Sua captura enfraquece a estrutura da facção naquela área”, afirmou um oficial do BOPE.
A namorada de Gorilão também foi conduzida à delegacia para prestar depoimento, mas até o momento não há confirmação se ela será indiciada por algum crime. Já o traficante foi encaminhado para a Cidade da Polícia, na zona norte do Rio, onde passará por interrogatório e ficará à disposição da Justiça.
A operação reforça o esforço das forças de segurança em desarticular líderes de facções criminosas que atuam fora das favelas da capital, muitas vezes se escondendo em áreas consideradas mais tranquilas e longe do radar das autoridades.