Na tarde desta quarta-feira, 13 de agosto de 2025, o juiz Adhailton Lacet Correia Porto, da 1ª Vara da Infância e Juventude de João Pessoa, autorizou uma operação de busca e apreensão na residência do influenciador digital Hytalo Santos. A medida atende a um pedido do Ministério Público da Paraíba e tem como objetivo investigar suspeitas de exploração e exposição de crianças e adolescentes em conteúdos digitais.
Segundo a decisão judicial, o mandado inclui a apreensão de celulares, computadores, câmeras, HDs, pen drives e outros aparelhos eletrônicos utilizados na produção de vídeos e publicações. Esses equipamentos serão encaminhados às autoridades policiais para análise pericial minuciosa, a fim de identificar possíveis provas relacionadas às investigações.
Além da apreensão dos dispositivos, o juiz determinou uma série de medidas imediatas e preventivas. Entre elas, está a remoção de conteúdos já publicados que envolvam crianças ou adolescentes e a suspensão de todos os perfis mantidos por Hytalo Santos nas redes sociais — incluindo YouTube, Instagram, TikTok e outras plataformas. O objetivo é impedir a continuidade da divulgação de materiais que possam ferir os direitos de menores de idade.
Outro ponto importante da decisão foi o afastamento imediato de crianças e adolescentes do convívio do influenciador. Para isso, o magistrado determinou que o Conselho Tutelar e uma equipe multidisciplinar realizem uma avaliação psicossocial dos envolvidos, a fim de garantir proteção e acompanhamento adequados às possíveis vítimas.
As investigações seguem em sigilo, mas fontes ligadas ao processo afirmam que o Ministério Público teria recebido denúncias e indícios de que conteúdos produzidos pelo influenciador poderiam expor indevidamente menores de idade, configurando violação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A operação desta quarta-feira marca um desdobramento importante do caso, que já vinha sendo monitorado pelas autoridades. Até o momento, a defesa de Hytalo Santos não se pronunciou oficialmente sobre as acusações ou sobre as medidas impostas.
O caso segue sob investigação, e as autoridades reforçam que denúncias envolvendo possíveis crimes contra crianças e adolescentes devem ser encaminhadas aos canais oficiais, como o Disque 100, garantindo o sigilo do denunciante e a proteção das vítimas.