Explosivo, polêmico e cercado de tensão! A Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro deu o primeiro passo para uma mudança radical na segurança pública da cidade: aprovou, em primeira votação, um projeto de lei complementar que libera o uso de ARMAS de fogo pela Guarda Municipal. E não para por aí: vem aí uma verdadeira tropa de elite — a temida Força de Segurança Armada (FSA)!
A proposta é do próprio prefeito Eduardo Paes, que agora aposta todas as fichas na criação de uma nova estrutura militarizada dentro da Guarda Municipal. Batizada de Força Municipal de Segurança (FMS), a iniciativa visa transformar parte da corporação em um braço armado com poderes ampliados para atuar nas ruas do Rio.
Mas o destaque do projeto — e também o ponto mais controverso — é a criação da FSA, um grupamento de elite que será composto por guardas municipais selecionados e agentes temporários, treinados para intervir em situações de alta complexidade e risco. O salário atrativo de R$ 13.033 por mês é outro detalhe que chama atenção e promete atrair muitos interessados.
O projeto, aprovado em primeira votação, ainda pode sofrer alterações com emendas parlamentares antes de voltar ao plenário para a segunda e decisiva votação. Mas o recado está dado: a Prefeitura quer guarda armada nas ruas!
Críticos da proposta já levantam o sinal de alerta. Especialistas em segurança pública e direitos humanos temem que a medida abra espaço para excessos, abusos de autoridade e aumento da violência urbana. Já os defensores afirmam que o Rio precisa de mais poder de fogo para combater o crime — e que a Guarda armada é um passo necessário para enfrentar o caos nas ruas.
A polêmica está só começando. A ideia de armar uma força que tradicionalmente atua com foco em ordenamento urbano — como controle de ambulantes, trânsito e apoio a eventos — não agrada a todos. “Isso é militarizar a cidade por dentro”, afirmou um vereador contrário ao projeto. “Vamos ver guardas com pistolas e poder ampliado de ação. Onde isso vai parar?”, questionou.
Por outro lado, aliados do governo defendem com unhas e dentes a proposta, dizendo que a FSA será altamente treinada, rigorosamente selecionada e agirá de forma cirúrgica onde a criminalidade mais assusta a população. “Estamos criando um escudo contra o crime. O povo vai se sentir protegido”, disse um dos entusiastas do projeto.
Enquanto isso, a população assiste com apreensão ao avanço do projeto. Nas ruas e nas redes sociais, os debates esquentam: será essa a solução para a insegurança no Rio? Ou estaremos prestes a ver mais armas, mais tensão e mais confrontos?
O que já está claro é que, se aprovado em definitivo, o Rio de Janeiro viverá uma nova era na segurança pública. A guarda que antes apitava, agora vai atirar.