Na manhã desta quinta-feira (13), Marcelo Santos Martins, de 52 anos, perdeu a vida de forma trágica ao ser atingido por uma bala perdida no Complexo do Chapadão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O trabalhador, que atuava como camelô, foi alvejado enquanto levava o almoço para sua esposa, que também trabalha como camelô na região.
A fatalidade ocorreu durante uma operação policial na comunidade. Segundo relatos de moradores, o tiroteio começou nas primeiras horas do dia, espalhando pânico entre os habitantes da área. Muitos comércios precisaram fechar as portas e os transeuntes tentavam se proteger da troca de tiros. Infelizmente, Marcelo estava no local errado na hora errada e acabou sendo atingido.
Familiares e amigos estão inconsoláveis com a perda. Marcelo era descrito como um homem trabalhador e dedicado à família. “Ele era um homem de bem, um trabalhador honesto. Saiu de casa apenas para levar comida para a esposa e nunca mais voltou. Não podemos continuar vivendo dessa forma, reféns do medo”, lamentou um parente da vítima.
A Polícia Militar informou que a ação no Complexo do Chapadão tinha como objetivo prender criminosos e apreender armamento. Em nota, a corporação declarou que a ocorrência está sendo investigada e que lamenta profundamente a morte do trabalhador.
Casos como o de Marcelo se tornaram frequentes no Rio de Janeiro, onde operações policiais em comunidades resultam, muitas vezes, na morte de inocentes. Especialistas em segurança questionam a estratégia adotada nessas ações e cobram medidas que preservem a vida dos moradores.
Movimentos sociais e organizações de direitos humanos reforçam a necessidade de políticas mais eficazes para reduzir a violência urbana sem colocar a população em risco.
O corpo de Marcelo Santos Martins será velado nesta sexta-feira (14), e amigos e familiares pedem justiça para mais uma vida perdida em meio à violência que assola a cidade.