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A Campanha Nacional de Vacinaçăo contra o Sarampo e a Poliomielite atingiu a meta de imunizar 95% do público-alvo estabelecida pelo governo federal. Enquanto a média geral de vacinaçăo contra sarampo foi de 95,3%, a de poliomielite ficou em 95,4%. No total, 21,4 milhőes de doses foram aplicadas, beneficiando 10,7 milhőes de crianças. O balanço foi divulgado hoje (17/9) pelo Ministério da Saúde.
A campanha foi encerrada na sexta-feira (14/9), depois de ter sido prorrogada pela pasta. Alguns estados e municípios, no entanto, mantêm a vacinaçăo.
O Rio de Janeiro foi a unidade federativa com o pior desempenho da campanha, com uma cobertura de 83,3% contra poliomielite e de 84,4% contra sarampo, taxas que poderăo ser melhoradas, já que a Secretaria de Saúde do estado decidiu prorrogar a açăo até o próximo sábado (22/9). Na sequência, aparece o Distrito Federal, com 88% e 87,5%, respectivamente.
De acordo com o ministério, 1.180 municípios năo alcançaram a meta estabelecida pelo governo e cerca de 516 mil crianças ainda năo tomaram as vacinas contra as duas doenças. A única faixa etária que năo chegou ao índice esperado foi o de crianças de 1 ano, cuja cobertura está em 88%. Na última terça-feira (11/9), a abrangência vacinal dessa faixa etária se encontrava em torno de 85%.
A orientaçăo da pasta, este ano, era de que todas as crianças com mais de 1 ano e menos de 5 anos de idade recebessem doses das vacinas, inclusive se já tivessem sido imunizadas anteriormente. Caso a criança já tivesse sido vacinada, a nova dose serviria, portanto, de reforço.
A medida foi adotada em um contexto de surtos de sarampo no país, registrados no Amazonas e em Roraima e que foram relacionados à importaçăo de uma variedade do vírus causador da doença. Segundo o governo federal, o genótipo do vírus (D8) que circula, hoje, no território brasileiro é o mesmo detectado na Venezuela, que enfrenta um alastramento da doença desde o ano passado.
O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, destacou que o empenho da populaçăo e de profissionais de saúde foi fundamental para que se alcançassem os objetivos da campanha. “O sucesso da campanha é responsabilidade de todos que entenderam a importância de mantermos elevadas coberturas vacinais para evitar que doenças eliminadas voltem a circular no país, como tem acontecido com o sarampo. A vacina é a forma mais eficaz de proteger nossas crianças contra essas doenças”, afirmou.
O sarampo e a poliomielite săo doenças infectocontagiosas que podem resultar em complicaçőes graves para as crianças, podendo levar até a morte. Entre as sequelas da poliomielite estăo, por exemplo, paralisia de membros inferiores e de músculos da fala e de deglutiçăo, osteoporose e atrofia muscular. Já o quadro de pacientes com sarampo, por sua vez, pode evoluir para doenças como pneumonia.
Casos de sarampo
Boletim do Ministério da Saúde mostra que, até o dia 10 de setembro, 1.673 casos de sarampo haviam sido confirmados no Brasil. Do total, 1.326 foram confirmados no Amazonas, unidade federativa que soma, ainda, 7.738 ocorrências em investigaçăo. No Amazonas, 301 casos da doença foram confirmados e 74 casos ainda estăo sendo averiguados.
Alguns casos isolados da doença foram identificados nos estados de Săo Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Pernambuco e Pará. Além disso, até o momento, no país, oito pessoas morreram em decorrência do sarampo, sendo quatro em Roraima e quatro no Amazonas.
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Fonte: Brasil