A falta de segurança não é novidade na região, mas um tipo de roubo em particular tem chamado a atenção. Levaram efígies e placas do médico e botânico Francisco Freire Alemão e Cisneiro (1797 -1874) e do engenheiro Alim Pedro (1907-1975) que dá nome ao principal viaduto de Campo Grande, bairro no qual se encontravam as obras. Elas tinham sido feitas pelo escultor Miguel Antônio Pastor (1930-1987), entre as décadas de 1950 e 1960.
“Esse tipo de roubo tem sido recorrente desde agosto deste ano. Entramos em contato com a Superintendência de Campo Grande e ela registrou B.O [boletim de ocorrência] sobre o caso. Também houve registro da mídia sobre o caso”, afirma Silvia Fernandes, do Coletivo Ideias Campo Grande.
Ainda segundo ela, as autoridades alegam não ter recurso para reposição das peças. Silvia destaca também a importância das iniciativas da sociedade civil para tentar pressionar os órgãos competentes sobre o assunto.
“Primeiro seria a união das Instituições na reivindicação pela reposição das peças, pela manutenção permanente desses monumentos na região. Sempre fiscalizamos e dava muito certo. Chegamos a solicitar via Associação Comercial e Industrial de Campo Grande [ACICG] a restauração de vários monumentos e conseguimos à época, entre 2014 e 2015”, conta Silvia.