cantor sertanejo Ramon Alcides Viveiros, 25 anos, – atropelado em frente à boate Valley Pub na manhã do último domingo (23), em Cuiabá – teve a morte cerebral confirmada.
Em mensagem enviada ao LIVRE, o procurador Mauro Viveiros, pai de Ramon, disse que o filho foi convocado para a orquestra de Deus.
“É com o coração dilacerado, com uma dor indescritível que informo a todos amigos e irmãos que tanto se empenharam por sua salvação, que o nosso filho, amigo, cantor, que cantou e encantou durante 25 anos, vai cantar e encantar nos palcos superiores. Deus o convocou para sua orquestra. Agradeço o privilégio de tê-lo como filho e sido tão feliz com ele”, escreveu.
Na manhã de quarta-feira (26), o LIVRE noticiou que foi registrada uma piora no estado neurológico de Ramon e que, por isso, ele passou por um exame de ressonância magnética. A equipe médica, até então, aguardava o resultado desse exame para uma nova avaliação. A suspeita, que agora está confirmada, era de que o jovem teria sofrido morte cerebral.
Ontem (27), o irmão de Ramon, Mauro Viveiros Filho, divulgou uma nota afirmando que o irmão estava com um dano cerebral irreversível para a medicina atual, porém, pedia orações e esperava por um milagre.
Com a confirmação na morte cerebral, a família deu início ao processo de doação de órgãos. O corpo de Ramon deverá começar a ser velado ainda nesta sexta-feira (28).
Ramon sofreu traumatismo cranioencefálico devido ao impacto do atropelamento, que resultou, inclusive, na morte da jovem Myllena de Lacerda Inocêncio, ainda no local. Ramon foi transferido para cirurgia no hospital particular Amecor, onde permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Entenda o caso
O acidente aconteceu na madrugada do último domingo (23), na Avenida Isaac Povoas, no centro de Cuiabá, em frente à boate Valley Pub, de onde as vítimas Myllena de Lacerda Inocêncio, 22 anos, Ramon Alcides Viveiros, 25 anos e Hya Girotto Santos, 21 anos, tinham acabado de sair.
A motorista Rafaela Screnci, professora de biologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), atropelou os jovens e todos foram arremessados. Uma das jovens caiu na frente do Renault Oroch dirigido pela bióloga e foi atropelada novamente.
A professora parou poucos metros depois, em frente à barraquinha do Zé Dog, onde foi presa. Ela passou por uma audiência de custódia no início da tarde da segunda-feira (24), pagou fiança de R$ 9.540,00 e já está em liberdade.