Na manhã desta sexta-feira (18), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a ser o centro das atenções em mais uma fase de investigação da Polícia Federal. Segundo informações do site Aliados Brasil Notícias, fontes ligadas ao deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL‑SP) afirmam que a Casa Branca teria acompanhado, em tempo real, a operação deflagrada pela PF na residência de Bolsonaro em Brasília.
A ação, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), culminou com a imposição de duras medidas cautelares ao ex-presidente. Entre elas estão o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e aos fins de semana, além da proibição de contato com seu filho Eduardo Bolsonaro, também alvo de investigações.
Enquanto isso, nos bastidores da política internacional, aliados de Bolsonaro nos Estados Unidos, como Eduardo Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo, estariam tentando articular uma retaliação ao governo brasileiro. De acordo com a matéria, ambos estariam negociando com representantes do ex-presidente Donald Trump a aplicação de uma sobretaxa de até 50% sobre produtos brasileiros exportados aos EUA.
O objetivo principal seria pressionar o STF, especialmente o ministro Moraes, através da Lei Magnitsky, legislação americana que permite impor sanções a indivíduos acusados de corrupção ou violações de direitos humanos. Segundo a publicação, há movimentações para que o nome de Moraes e outros membros do Judiciário brasileiro entrem na mira dessas sanções, supostamente apoiadas por congressistas republicanos e figuras do entorno de Trump.
A ofensiva internacional ganhou mais fôlego após a divulgação de uma carta enviada por Donald Trump a Bolsonaro no dia 17 de julho, na qual o ex-presidente norte-americano afirma que está “observando de perto” o caso brasileiro. Trump ainda classificou o sistema judicial do Brasil como “injusto” e pediu o fim imediato do processo contra o ex-mandatário.
A reportagem evidencia a escalada de tensões entre Bolsonaro, o STF e agora atores internacionais. O acompanhamento em tempo real pela Casa Branca, se confirmado, seria um indício de que o caso ultrapassou as fronteiras do Brasil, colocando em risco relações diplomáticas e comerciais.
Com um cenário cada vez mais polarizado, a crise política brasileira ganha contornos globais, abrindo espaço para novas pressões externas e movimentos de bastidores que podem redefinir o rumo do embate entre Bolsonaro e o Judiciário.