“Casal Preso em Campo Grande por Envolvimento no Assassinato de Médico em Minas Gerais”
Em uma operação conjunta realizada nesta segunda-feira (13), policiais da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) e da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) efetuaram a prisão de Kauê Ferreira da Silva, de 27 anos, e Maria Eduarda Magalhães Vitorino, de 18. O casal é acusado de envolvimento no assassinato de um médico ocorrido em outubro de 2024, no interior de Minas Gerais.
A ação foi realizada no bairro de Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro, durante uma operação voltada ao combate à atividade de milicianos que atuam na região. Contra Kauê e Maria Eduarda, já havia mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça, que foram cumpridos durante a abordagem policial.
Detalhes da Operação
Segundo informações divulgadas pelas autoridades, a operação foi fruto de uma investigação minuciosa que contou com o cruzamento de dados e monitoramento dos suspeitos. Ambos estavam sendo observados há semanas devido a indícios de envolvimento não só no assassinato do médico, mas também em outras atividades ilícitas ligadas à milícia.
O casal foi encontrado em uma residência no bairro, onde, de acordo com os policiais, eles tentavam manter um perfil discreto para evitar chamar atenção. A abordagem foi rápida e sem resistência, conforme detalhado pela Draco.
O Crime em Minas Gerais
O crime que levou à prisão de Kauê e Maria Eduarda ocorreu em outubro de 2024, no interior de Minas Gerais. A vítima, um médico renomado na região, foi encontrado morto em circunstâncias que chocaram a comunidade local. As investigações apontaram que o crime teria sido motivado por disputas envolvendo interesses financeiros e, possivelmente, ligações com atividades criminosas.
As autoridades mineiras haviam solicitado apoio das forças de segurança do Rio de Janeiro após identificarem que os suspeitos haviam se deslocado para o estado, possivelmente buscando refúgio junto a grupos criminosos estabelecidos na capital fluminense.
Ligação com a Milícia
Embora o foco principal da operação fosse a captura do casal, a ação faz parte de uma estratégia mais ampla para enfraquecer as atividades de milicianos em Campo Grande e regiões vizinhas. A milícia tem sido um problema crescente na Zona Oeste do Rio, com relatos de extorsões, ameaças e até assassinatos para manter o controle territorial e comercial.
Os investigadores acreditam que Kauê e Maria Eduarda tinham vínculos diretos com membros da milícia local, o que pode ter facilitado sua estadia em Campo Grande após o crime em Minas Gerais. “Essa prisão é um passo importante para desmantelar a rede de proteção que esses criminosos construíram aqui na região”, afirmou um dos policiais envolvidos na operação.
Próximos Passos
Após a prisão, Kauê Ferreira da Silva e Maria Eduarda Magalhães Vitorino foram conduzidos à sede da Draco, onde prestaram depoimentos. Ambos devem ser transferidos para Minas Gerais, onde responderão pelo crime na Justiça local.
Além disso, a polícia trabalha para identificar possíveis cúmplices e ampliar a investigação sobre a atuação do casal no Rio de Janeiro. “Estamos atentos a todas as conexões desse caso, que pode revelar muito sobre a atuação de grupos criminosos em diferentes estados”, destacou um investigador.
Repercussão na Comunidade
A prisão do casal em Campo Grande gerou comentários entre os moradores locais, que têm convivido com o aumento da violência e a presença de grupos paramilitares. “É assustador pensar que pessoas ligadas a um crime tão brutal estavam aqui, no nosso bairro”, disse uma moradora, que preferiu não se identificar.
A ação das forças de segurança foi vista como um alívio para muitos, que esperam que operações como essa ajudem a reduzir a criminalidade na região. “É importante que a polícia continue agindo com firmeza. Campo Grande merece paz”, comentou outro morador.
Conclusão
A prisão de Kauê Ferreira da Silva e Maria Eduarda Magalhães Vitorino representa não apenas um avanço na resolução do assassinato do médico mineiro, mas também um golpe significativo contra a estrutura criminosa que se estende por diferentes estados.
As investigações continuam, e as autoridades reforçam o compromisso de seguir combatendo o crime organizado, trazendo justiça para as vítimas e segurança para a população.