O jogo político em Brasília ganhou um novo capítulo explosivo. O Centrão, bloco poderoso do Congresso Nacional, articula nos bastidores para emplacar o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) como relator da CPI do INSS — Comissão Parlamentar de Inquérito que vai investigar desvios bilionários no sistema de benefícios da Previdência Social.
A manobra, segundo analistas, é vista como um movimento direto contra o governo Lula. A escolha de Nikolas, deputado mais votado do Brasil em 2022 e um dos principais opositores do Palácio do Planalto, é considerada uma provocação clara e um risco para a estabilidade da base governista no Congresso.
Nikolas tem se posicionado fortemente contra o que chama de “aparelhamento da máquina pública” e afirma que a CPI do INSS vai revelar o “maior escândalo de corrupção contra aposentados da história recente”. Seus discursos inflamados nas redes sociais e no plenário já indicam que a relatoria pode se transformar em um palco de confronto direto com o governo federal.
A movimentação do Centrão tem apoio de parlamentares do PL, PP, Republicanos e parte do União Brasil. O grupo avalia que Nikolas tem “pulso firme” e visibilidade nacional suficiente para conduzir a CPI com impacto midiático e mobilização popular. Para o governo, no entanto, essa articulação representa um sinal de alerta.
Dentro do Planalto, o receio é que a CPI se transforme em um tribunal político, com foco mais em desgastar a imagem de Lula do que em buscar justiça pelos desvios no INSS. Nos bastidores, ministros já tentam articular uma reação para barrar o nome de Nikolas ou, ao menos, garantir um contrapeso na composição da comissão.
Enquanto isso, aposentados e segurados do INSS aguardam por respostas concretas. A pressão só aumenta. E com Nikolas Ferreira à frente da relatoria, a CPI promete esquentar o clima político em Brasília.
🔎 A guerra está apenas começando.