O presidente do Bradesco, Marcelo Noronha, confirmou publicamente que o banco poderá aplicar as sanções impostas pelos Estados Unidos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, com base na chamada Lei Magnitsky Global. A declaração foi dada no dia 31 de julho de 2025, durante entrevista coletiva após a divulgação dos resultados do segundo trimestre da instituição financeira.
Ao ser questionado por jornalistas sobre o posicionamento do banco diante das sanções anunciadas contra Moraes, Marcelo Noronha respondeu de forma direta:
“Nós não discutimos a lei. Nós cumprimos a lei.”
A afirmação deixou claro que o Bradesco está disposto a seguir a legislação americana, especialmente em razão de suas operações no território dos Estados Unidos. Noronha esclareceu que, até o momento, o banco ainda aguarda pareceres jurídicos de escritórios especializados nos EUA para determinar o alcance exato das sanções e as implicações práticas e legais que elas podem ter tanto para o banco quanto para seus clientes.
Segundo ele, a postura do Bradesco é de total cautela e obediência à legislação internacional, afirmando que a instituição está em contato com seus assessores jurídicos no exterior para garantir que qualquer medida tomada esteja dentro dos limites legais.
“Temos uma operação nos Estados Unidos e, naturalmente, somos obrigados a seguir as leis daquele país. Isso está sendo analisado com muito cuidado pelos nossos advogados lá fora”, acrescentou o CEO.
🌍 O que é a Lei Magnitsky?
A Lei Magnitsky Global é uma legislação americana que autoriza o governo dos EUA a impor sanções econômicas e restrições de visto a indivíduos acusados de violar direitos humanos ou de envolvimento em corrupção internacional. A inclusão de Alexandre de Moraes nessa lista provocou repercussão mundial e exigiu uma resposta das instituições financeiras que mantêm relações comerciais com os Estados Unidos.
📌 Posição do Bradesco segue em avaliação
Embora o Bradesco não tenha ainda uma decisão jurídica definitiva sobre como proceder com possíveis bloqueios de bens ou restrições de acesso a contas ligadas ao ministro, a declaração de Noronha deixa claro que o banco não desafiará a lei americana.
“Cumpriremos a legislação vigente no país onde operamos, e isso inclui os Estados Unidos”, reiterou o CEO.
✅ Conclusão: frase é verdadeira e teve ampla repercussão
A frase dita por Marcelo Noronha é verídica e foi amplamente divulgada por veículos como Revista Fórum, InfoMoney, Exame, Reuters, entre outros. Sua declaração reforça a tendência de submissão das instituições financeiras brasileiras à legislação internacional, principalmente quando possuem vínculos com os EUA.
Em resumo: o Bradesco está disposto a aplicar a Lei Magnitsky se for juridicamente obrigado a fazê-lo, mesmo que isso envolva sanções contra uma autoridade do STF.