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⚠️CEROL MATA 👊🏾
A Guarda Municipal do Rio de Janeiro participou na manhã deste domingo, dia 28, da campanha Cerol Mata, em motociata e ato simbólico com mil pipas de cor preta em memória das vítimas das linhas cortantes, em frente ao Posto 5 da Praia de Copacabana, Zona Sul da cidade. Com apoio e a escolta de 12 guardas motociclistas e duas viaturas de trânsito, cerca de 250 motociclistas saíram em comboio da sede da instituição, em São Cristóvão, em direção a Copacabana.
Ao chegar no Posto 5, os motociclistas iniciaram o ato simbólico colocando mil pipas pretas na areia da praia em sinal de luto pelas vítimas. A Banda da Guarda Municipal fez uma apresentação especial e os mascotes Linda e Justo, da equipe lúdica da Ronda Escolar, também marcaram presença interagindo com crianças, banhistas e frenquentadores da área de lazer.
Cerca de 600 folhetos informativos sobre a proibição do uso de cerol e da linha chilena foram distribuídos na orla. Guardas municipais do Grupamento Especial de Praia (GEP), que coíbem diariamente o uso de cerol e linhas chilena na orla, também participaram da ação, que visa conscientizar a população sobre os riscos provocados por esses materiais cortantes.
Além dos grupos de motociclistas, parentes de vítimas das linhas cortantes, como a mãe de Kevin da Silva, de 23 anos, também participaram do ato. O jovem morreu ao ser atingido pela linha chilena no dia 20 de novembro de 2015, quando retornava para casa de moto na Rodovia Presidente Dutra.
– Essa ação representa uma vitória para nós, que estamos lutando há quatro anos para acabar o uso das linhas cortantes. Ter o apoio da prefeitura hoje foi maravilhoso, muito gratificante se unirem a nós contra o uso do cerol e da linha chilena. As pipas podem ser soltas, mas sem linhas cortantes. Esperamos que as pessoas tenham mais consciência – declarou emocionada Kelly Cristina da Silva, 45 anos, mãe do Kevin.
No município do Rio é proibido o uso e a comercialização das linhas chilena (composta de quartzo e óxido de alumínio), de cerol (mistura de pó de vidro com cola de madeira) ou de outros materiais cortantes em pipas, papagaios, pandorgas e semelhantes.
– A Prefeitura do Rio abraçou essa campanha porque é muito importante chamarmos a atenção da população. Os pais devem ter cuidado com os filhos, que vão soltar pipa e muitas vezes não sabem que estão usando linhas com cerol. As crianças e os jovens precisam entender que esses materiais são muito perigosos e deixam sequelas nas pessoas, podendo causar a morte e acidentes seríssimos – alerta a comandante da Guarda Municipal, inspetora geral Tatiana Mendes.
Na busca por soluções para acabar com a venda e o uso do cerol e das linhas chilenas na cidade, os coordenadores da campanha já conseguiram influenciar na aprovação de duas leis estaduais (nº 7.784 de 13/11/2017 e nº 8.478, de 19/07/2019) e uma municipal (nº 1.834 de 18/04/2016), que institui 14 de dezembro como dia da campanha Cerol Mata.
– Não somos contra soltar pipa, que todo um lado lúdico e é patrimônio da nossa cidade. Somos contra o uso de aditivos nas linhas de pipa, como o cerol e a linha chilena, que tem um enorme poder de corte e mata – afirmou Oliglier de Andrade, um dos coordenadores da campanha que foi idealizada há cinco anos por Leo Ferreira para chamar a atenção da população sobre os riscos de morte.
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