RJ: Polícia reage a ataque contra delegacia e busca envolvidos em grande operação
🗓 16/02/25 – DOMINGO
Na madrugada deste domingo (16), a Polícia Civil do Rio de Janeiro iniciou uma grande operação nas comunidades de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, para capturar criminosos envolvidos em um ataque contra a 60ª Delegacia de Polícia (Campos Elíseos). O ataque aconteceu na noite de sábado (15), quando bandidos abriram fogo contra a delegacia para tentar resgatar dois presos. Dois agentes de segurança ficaram feridos durante o confronto, mas já receberam alta médica.
Reação imediata e reforço na segurança
Após o atentado, a Polícia Civil rapidamente mobilizou equipes de várias especializadas, incluindo a Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) e agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO). As equipes partiram da Cidade da Polícia, na Zona Norte do Rio, com destino às comunidades Vai Quem Quer, Rua 7, Santa Lúcia e Rodrigues Alves, em Duque de Caxias, onde os criminosos estariam escondidos.
Um helicóptero da Polícia Civil também foi acionado para auxiliar na operação, fornecendo apoio aéreo às equipes em solo. Além disso, a segurança no entorno da 60ª DP foi reforçada para evitar novos ataques e possíveis tentativas de resgate dos presos.
Ataque ousado à delegacia
O ataque contra a delegacia foi planejado pelos criminosos como uma tentativa desesperada de resgatar dois detentos, considerados de alta periculosidade. Segundo informações preliminares, um grupo fortemente armado chegou ao local disparando contra a unidade policial, dando início a um intenso tiroteio. Apesar da emboscada, os policiais conseguiram resistir ao ataque e impedir a fuga dos presos.
A ação criminosa gerou pânico entre os moradores da região, que relataram o som dos tiros e se refugiaram em suas casas para evitar serem atingidos. “Foi assustador. Eu e minha família nos abaixamos no chão e apagamos as luzes. Os tiros pareciam vir de todos os lados”, disse um morador que preferiu não se identificar.
Objetivo da operação policial
A megaoperação tem como principal objetivo prender os criminosos responsáveis pelo ataque à delegacia e desarticular o grupo que atua na região. Fontes ligadas à investigação afirmam que os suspeitos pertencem a uma facção criminosa que controla o tráfico de drogas em Duque de Caxias e que o resgate dos presos era parte de uma estratégia para fortalecer sua posição na comunidade.
A Polícia Civil também está solicitando a transferência dos dois detentos para um presídio federal de segurança máxima, como forma de evitar novas tentativas de resgate e reduzir o risco de represálias contra a delegacia e seus agentes.
Clima de tensão na região
Com a presença maciça das forças de segurança, moradores das comunidades alvo da operação relatam um clima de tensão. Muitas ruas foram bloqueadas pelos policiais, e operações de revista estão sendo realizadas para identificar suspeitos. “A gente entende que a polícia precisa agir, mas também temos medo de ficar no meio do fogo cruzado. Está difícil sair de casa”, relatou uma moradora da comunidade Vai Quem Quer.
Apesar da intensificação do policiamento, até a última atualização desta reportagem, não havia informações sobre prisões ou feridos durante a operação. No entanto, agentes seguem em incursões para capturar os envolvidos.
O impacto da violência e a resposta do governo
O ataque à delegacia escancara o nível de ousadia das facções criminosas que atuam no Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense. O episódio reacende o debate sobre a necessidade de políticas mais rigorosas de combate ao crime organizado, além de investimentos em segurança pública.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que “não tolerará ataques contra as forças de segurança e que todos os envolvidos serão identificados e presos”. O governo do estado também reiterou que as operações para desarticular grupos criminosos continuarão de forma intensificada nos próximos dias.
Conclusão
A tentativa de resgate de presos em Duque de Caxias demonstra a crescente audácia do crime organizado e a resposta firme da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Enquanto a operação continua em andamento, a população segue apreensiva, aguardando os desdobramentos dessa ação policial.
A expectativa agora é que as investigações avancem e que os responsáveis pelo ataque sejam levados à Justiça. A transferência dos presos para um presídio federal também é vista como uma medida essencial para impedir novas ações criminosas e reforçar a segurança da região.