Ciclone subtropical atinge RS com ventos de até 100 km/h, deixa dois feridos e mais de 230 mil sem luz
Um ciclone subtropical provocou destruição no Rio Grande do Sul entre a noite de domingo (15) e a madrugada desta segunda-feira (16), deixando dois feridos e causando estragos em diversas cidades. Ventos que chegaram a 100 km/h derrubaram árvores, destelharam casas e interromperam o fornecimento de energia elétrica para mais de 230 mil moradores, agravando a situação de emergência em várias regiões.
As tempestades, intensificadas pelo fenômeno climático, afetaram principalmente a região metropolitana de Porto Alegre, o Vale do Sinos e a Serra Gaúcha. Além das fortes rajadas de vento, chuvas intensas alagaram ruas e causaram deslizamentos em áreas vulneráveis.
Feridos e danos registrados
Duas pessoas ficaram feridas após o desabamento parcial de uma estrutura em Novo Hamburgo, no Vale dos Sinos. Elas foram socorridas e encaminhadas a hospitais da região. Apesar dos danos materiais significativos, as autoridades destacaram que a rápida mobilização das equipes de emergência ajudou a evitar tragédias mais graves.
Em Porto Alegre, árvores caíram em importantes vias, complicando o trânsito e dificultando o trabalho de equipes de resgate e manutenção. O ciclone também impactou a operação de voos no Aeroporto Internacional Salgado Filho, onde um avião precisou realizar um pouso de emergência devido à força dos ventos.
Energia e infraestrutura
A falta de energia elétrica é um dos maiores desafios no momento. Segundo concessionárias locais, equipes estão trabalhando intensamente para restabelecer o fornecimento, mas os ventos persistentes e o volume de ocorrências dificultam o trabalho. Algumas cidades, como Canoas e São Leopoldo, contabilizam mais de 40% das residências sem luz.
A Defesa Civil do Estado monitora a situação e mantém equipes em alerta, especialmente para novas rajadas de vento ou chuvas fortes, que ainda são previstas para as próximas horas.
Apoio e precauções
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, destacou que o Estado está mobilizado para atender os afetados pelo ciclone. “Estamos unindo esforços para minimizar os impactos e proteger a população”, afirmou. Ele também pediu que as pessoas evitem áreas de risco e busquem locais seguros enquanto a situação não se estabiliza.
Os meteorologistas alertam que o ciclone subtropical pode se deslocar para outras regiões do Sul do Brasil, com potencial para causar novos estragos. A população é orientada a acompanhar os boletins climáticos e acionar a Defesa Civil em caso de emergências.
O fenômeno reforça os efeitos extremos do clima, destacando a importância de estratégias para mitigar desastres e proteger as comunidades vulneráveis. Enquanto isso, as imagens de destruição no Rio Grande do Sul evidenciam a força implacável da natureza.