Cientistas franceses do Institut Pasteur de Paris anunciaram um grande avanço para a descoberta da tão sonhada cura do HIV e novas possibilidades de tratamento.
Segundo o jornal britânico Daily Mail, eles conseguiram destruir com sucesso todas células infectadas pelo vírus usando inibidores da atividade metabólica para eliminar as células.
Os medicamentos anti-retrovirais atuais são capazes de inibir o vírus do corpo até tornar a carga viral de uma pessoa que vive com HIV, como indetectável nos exames (fazendo com que ela não consiga nem passar o vírus adiante!), mas desta vez, os franceses conseguiram um feito inédito: remover completamente o vírus de todas as células.
Até hoje, existem locais raros do corpo onde uma pequena quantidade de HIV não consegue ser eliminada do corpo. São locais chamados “santuários” do vírus.
Quando o vírus está somente nestas poucas partes do corpo, a pessoa tem uma carga considerada indetectável e não consegue passar o vírus adiante, mas caso ela deixe de se medicar, o vírus sai destas regiões e volta a se multiplicar pelo corpo, então voltando a ter o risco de transmitir o vírus e fazer a doença desestagnar deste estágio, evoluindo.
Segundo esta nova descoberta dos pesquisadores franceses, com esta nova técnica, o vírus conseguiria ser totalmente erradicado do corpo.
Um porta-voz do Institut Pasteur disse: “O tratamento anti-retroviral usado hoje é projetado para bloquear a infecção pelo HIV, mas não é capaz de eliminar o vírus totalmente do corpo.
O porta-voz também acrescentou: “Graças aos inibidores da atividade metabólica, os pesquisadores conseguiram destruir essas células infectadas onde não se chegava, ou “reservatórios”.
O próximo passo na pesquisa será avaliar o potencial de usar essa técnica em organismos vivos após a experiência bem sucedida em laboratório.
Vale lembrar que o governo do presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, recentemente encerrou estudos sobre cura do HIV no mês de setembro.
A medida veio para atender ao pedido de um grupo conservador anti-aborto, que protestou por um novo estudo de HIV que vinha sendo desenvolvido e estava tendo bons resultados, usar tecido fetal humano de abortos eletivos nas pesquisas.
Fonte : Poenaroda
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