O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, vetou integralmente o projeto de lei que criaria o “Dia da Cegonha Reborn” na cidade. A proposta, de autoria do vereador Vitor Hugo (MDB), previa a criação de uma data comemorativa no dia 4 de setembro para homenagear artesãs que produzem bonecas hiper-realistas — conhecidas como reborns — utilizadas em terapias contra depressão, ansiedade e até no luto materno.
A decisão do prefeito foi anunciada em suas redes sociais com uma resposta direta e polêmica: “Com todo respeito, mas não dá.” A frase gerou grande repercussão e dividiu opiniões entre apoiadores e críticos do veto.
O vereador Vitor Hugo saiu em defesa do projeto, afirmando que a iniciativa tinha como objetivo reconhecer o valor terapêutico e emocional do trabalho das artesãs. Segundo ele, muitas dessas mulheres encontraram nas bonecas uma forma de superação pessoal, transformando dor em arte e oferecendo conforto a outras pessoas. “Esse trabalho representa cura, afeto e amor. É mais do que arte, é terapia para quem faz e para quem recebe”, afirmou o parlamentar.
As reborns são bonecas feitas à mão com alto grau de realismo e são utilizadas por terapeutas, mães enlutadas e pessoas com necessidades emocionais especiais. A proposta visava dar visibilidade a essa prática, ainda pouco conhecida, mas significativa para muitas famílias.
Apesar do veto, o debate sobre o reconhecimento dessas artesãs segue vivo nas redes sociais e no meio político.