Coronavírus: traficantes e milicianos impõem toque de recolher em comunidades do Rio: ‘Ninguém sai’
As ordens são repassadas aos moradores através das redes sociais e todos têm que cumprir.
Nas comunidades do Rio de Janeiro, moradores contaram que estão recebendo mensagens de traficantes e milicianos impondo toque de recolher, a população deve ficar em casa por causa da pandemia do novo coronavírus e quem desobedecer pode pagar caro.
O governo estadual decretou restrições para manter a capital fluminense isolada e assim tentar evitar que o vírus continue se espalhando, mas parece que a ordem dos traficantes tem mais força.
No Rio de Janeiro foram reduzidos os horários de trens, metrô e até de barcas, mas em momento algum foi determinado toque de recolher determinando o horário em que todos deveriam recolher em suas residências.
Mas o portal G1 apurou que foram enviados alguns recados pelas redes sociais aos moradores das comunidades de Muzema, Rio das Pedras, Tijuquinha, além de várias regiões na zona oeste do Rio de Janeiro, orientando a todos para ficarem em casa após as 20 horas.
“Atenção todos os moradores de Rio das Pedras, Muzema e Tijuquinha!!! Toque de recolher a partir de hoje 20:00 hrs. Quem for visto na rua após este horário vai aprender a respeitar o próximo”, informou o aviso compartilhado.
Em uma outra publicação, os traficantes avisam que eles querem o melhor para a população e como o governo não tem capacidade de resolver a situação, então o crime organizado irá resolver.
Nesta segunda-feira (23), o Rio de Janeiro teve sua 4ª morte em decorrência do coronavírus, foi a primeira na capital, sendo que a paciente era uma mulher de 58 anos e vinha enfrentando outros problemas de saúde, conforme informou a Casa de Saúde São José, onde ela se encontrava internada.
De acordo com o boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde, a mulher era classifiada como grupo de risco para o novo coronavírus. As outras três mortes por covid-19 foram em Miguel Pereira e Petrópolis, na região serrana e outra em Niterói, região metropolitana. Todos eles, segundo o portal G1, tinham doenças preexistentes.



