O desaparecimento de Gabriel Alves Ferreira, jovem de 22 anos, morador de São Gonçalo, teve um desfecho trágico nesta terça-feira (7). O corpo do rapaz foi encontrado dentro de uma geladeira abandonada em um terreno baldio na região de Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Gabriel estava desaparecido desde a madrugada do Réveillon, quando foi visto pela última vez em uma festa na comunidade do Salgueiro.
Segundo informações preliminares, Gabriel teria se envolvido em uma discussão com um traficante presente no evento. Testemunhas relataram que o desentendimento ocorreu após uma situação aparentemente banal, mas que tomou grandes proporções devido à presença de criminosos armados no local. Após a confusão, ele teria sido levado por homens ligados ao tráfico e não foi mais visto desde então.
O corpo foi encontrado por moradores que passavam pela área e sentiram um forte odor vindo da geladeira. A Polícia Militar foi acionada e, ao abrir o eletrodoméstico, confirmou a presença do corpo em estado avançado de decomposição. Agentes da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) estiveram no local e iniciaram as investigações.
Família em Desespero
A família de Gabriel estava desesperada desde o início do ano, organizando buscas e divulgando o desaparecimento nas redes sociais. A confirmação da morte trouxe dor, mas também um alívio para os parentes, que agora poderão dar um enterro digno ao jovem.
“Meu filho era um rapaz trabalhador, não tinha envolvimento com nada errado. Só estava na hora errada, no lugar errado. Não merecia esse fim”, disse a mãe de Gabriel, emocionada.
Tráfico na Mira da Polícia
Autoridades confirmaram que o caso está relacionado ao tráfico de drogas, que domina a região onde ocorreu a festa. O traficante envolvido no crime já foi identificado e está sendo procurado pela polícia. Testemunhas estão sendo ouvidas, mas muitas temem represálias, o que dificulta o avanço das investigações.
O caso levanta mais uma vez o alerta para a violência urbana que atinge o Rio de Janeiro e a influência do tráfico em comunidades. “Estamos trabalhando com várias linhas de investigação e não mediremos esforços para prender os responsáveis”, declarou o delegado responsável pelo caso.
A violência que tirou a vida de Gabriel reflete a insegurança enfrentada diariamente por moradores de São Gonçalo e Niterói. Enquanto as investigações avançam, a família pede justiça para que esse crime bárbaro não fique impune.