Os peritos do Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro do Rio de Janeiro, ainda não conseguiram identificar o corpo de Luzia Helena Reis, de 60 anos, que foi assassinada a facadas pelo filho em Cosmos, Zona Oeste. Parte do cadáver foi carbonizada, tornando a identificação ainda mais difícil.
Bruna Reis, sobrinha da vítima, compareceu ao IML nesta quarta-feira (4) para solicitar a liberação do corpo, sendo esta a sua segunda visita consecutiva. No local, ela foi informada de que a identificação não foi possível devido ao estado das digitais. Agora, a família aguarda a confirmação através da arcada dentária e teme que Luzia seja registrada como indigente.
“Não conseguiram localizar as digitais dela. A necropsia foi realizada, mas a identificação permanece incerta. Eles tentarão agora a identificação pela arcada dentária. Se não der certo, ela poderá ser liberada como indigente. Está sendo muito difícil, minha tia era uma pessoa maravilhosa. O corpo já está em processo de decomposição, o que torna tudo ainda mais triste. O que mais me entristece é que ela possa ser identificada como indigente por causa do filho. Faz quase uma semana que minha tia foi morta e ainda não foi enterrada. Está sendo muito difícil”, desabafou ao DIA.
Bruna revelou que o assassinato ocorreu na última sexta-feira (2), mas o corpo de Luzia foi encontrado apenas em um terreno baldio na segunda-feira (2), dia da prisão em flagrante de Moisés Reis de Souza, de 20 anos, filho da vítima.
Contexto do Crime O caso aconteceu na área conhecida como Vale das Palmeiras, em Cosmos. Amigos de Luzia notaram seu desaparecimento no fim de semana. Informações preliminares indicam que a discussão entre mãe e filho sobre a namorada de Moisés precedeu o crime. Após o assassinato, Luzia foi levada a um terreno baldio, onde teve seu corpo queimado.
Agentes do 40º BPM (Campo Grande) foram chamados na noite de segunda-feira para investigar um homicídio na interseção da Rua Projetada Dois com a Rua Icurana, onde encontraram o corpo da mulher.
Após o crime, os policiais prenderam Moisés e sua namorada, uma adolescente de 17 anos, que foram levados à 35ª DP (Campo Grande) e depois transferidos para a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). A Polícia Civil informou que o jovem foi autuado em flagrante por feminicídio, destruição, subtração ou ocultação de cadáver, e corrupção de menores.
Bruna contou que Luzia não aceitava a presença da namorada do filho na casa, o que gerou conflitos. “A namorada disse que era para Moisés matar a mãe, pois Luzia não aceitava ela morando lá. Ele tinha interesse no dinheiro que minha tia tinha, como também na casa dela”, explicou.
De acordo com Bruna, Moisés agrediu a mãe, desferindo um chute em sua barriga antes de esfaqueá-la no pescoço. Após o crime, ele e a namorada queimaram o corpo de Luzia e o abandonaram em um terreno baldio. “Uma prima dele foi atrás e o confrontou. Foi então que ele confessou ter dado um chute na barriga da minha tia e a esfaqueado. Ele a deixou em um terreno baldio, sabendo que eu iria procurá-la na segunda-feira”, detalhou.
O jovem aguarda a realização da audiência de custódia.