A Justiça do Rio de Janeiro decretou a indisponibilidade de bens do prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, no valor de R$ 2,45 milhões, em ação que investiga irregularidades na vacinação contra covid-19 no município da Baixada Fluminense. O pedido foi feito pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
Segundo o Ministério Público, a ação de improbidade administrativa foi ajuizada devido à recusa do prefeito em obedecer ao Plano Nacional de Vacinação (PNI), em atender às decisões judiciais que determinaram respeito aos grupos prioritários e em reservar vacinas para aplicação da segunda dose da CoronaVac.
O MPRJ também justificou a ação pelas constantes aglomerações constatadas durante a vacinação em Duque de Caxias.
Também foi decretada indisponibilidade de bens dos outros réus na ação: o secretário municipal de Saúde, Antônio Manoel de Oliveira Neto (no valor de até R$ 1,59 milhão), a subsecretária municipal de Saúde, Célia Serrano (até R$ 1,08 milhão) e o ex-secretário municipal de Saúde José Carlos Oliveira (até R$ 478 mil).
A prefeitura de Duque de Caxias informou que, até o momento, nem o prefeito nem o município foram intimados. “Ao tempo da válida intimação, serão interpostos os recursos competentes”, destacou nota divulgada pela prefeitura.