No Rio de Janeiro, uma mudança silenciosa dentro das facções criminosas tem chamado atenção de especialistas em segurança pública e estudos sociais. Nos bastidores do tráfico, identidades antes mantidas em segredo começam a ganhar espaço: cada vez mais traficantes assumidamente gays ou transgêneros têm se destacado nas estruturas do crime organizado.
A discussão veio à tona após declarações atribuídas a um dos traficantes mais procurados do Comando Vermelho (CV), conhecido como Doca, que teria admitido ter se relacionado com uma mulher trans. A revelação repercutiu nas comunidades e parece ter influenciado outros criminosos a deixarem de esconder sua sexualidade.
Essa semana o traficante caiu nas redes sociais com um vídeo que comprova isso. Veja
Exemplo disso é Luiza, uma mulher transexual que atuava no morro da Mineira. Ela começou como integrante da facção Amigos dos Amigos (ADA), mas depois migrou para o Terceiro Comando Puro (TCP). Em 2020, Luiza teria participado da guerra em Macaé ao lado de Bigú, quando o TCP tentou expulsar o ADA da comunidade da Malvina. Ela foi posteriormente presa em Minas Gerais.
Casos como o de Luiza e outros relatos de travestis ou pessoas trans comandando pontos de venda de drogas mostram como a presença LGBTQIA+ também se faz notar em espaços marcados historicamente por violência e masculinidade tóxica. Para especialistas, o fenômeno revela contradições profundas nas dinâmicas sociais dentro das facções — onde o preconceito pode coexistir com a pragmática do poder.
( Esse era o falecido traficante de vulgo novinhos do CV, era o frente das guerras e morreu numa operação da Polícia)
E o número de traficantes gays só aumenta no Rio!! Viva a diversidade , infelizmente até no crime