Na manhã desta quinta-feira (30), a Polícia Civil prendeu Aliny Gomes Cardoso, suspeita de assassinar o ex-cunhado, Edson Luiz Fernandes de Almeida, em outubro do ano passado. O crime ocorreu dentro da casa da vítima, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A prisão foi realizada na Rua Desembargador Milton Barcelos, em Campo Grande, por agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que investigaram o caso desde o início.
O CRIME PLANEJADO
De acordo com a investigação, Aliny teria entrado em contato com Edson por meio de um aplicativo de mensagens, sugerindo um encontro. A vítima aceitou o convite e a recebeu em sua casa. No local, os dois tiveram relações sexuais. No entanto, o que parecia ser um simples encontro tomou um rumo trágico.
Logo após o ato, Edson foi tomar banho. Segundo a polícia, nesse momento, Aliny aproveitou para colocar todo o conteúdo de um frasco de clonazepam na bebida do homem. Minutos depois de sair do banho, Edson ingeriu a bebida adulterada e começou a passar mal. Sem perceber o perigo, ele teria seguido a orientação de Aliny e deitado para descansar.
Foi então que a suspeita tirou uma faca da cintura e desferiu um golpe fatal na garganta do ex-cunhado. A polícia aponta que o crime foi premeditado e que a mulher aguardou o momento exato para agir.
MOTIVAÇÃO DO CRIME
Durante a investigação, Aliny alegou ter cometido o assassinato por acreditar que Edson havia abusado de sua sobrinha mais velha. Essa versão foi apresentada pela suspeita em depoimento à polícia e reforçada na denúncia oferecida pelo Ministério Público.
Segundo o relato de Aliny, sua intenção inicial era apenas conversar com Edson sobre a suposta violência contra a sobrinha. No entanto, o encontro teria terminado de forma trágica, com a morte do ex-cunhado. Ainda assim, para a polícia, a maneira como o crime foi executado indica um planejamento cuidadoso, o que pode pesar contra a versão de que foi um ato impulsivo.
PRISÃO E DESDOBRAMENTOS
Após meses de investigações, a Delegacia de Homicídios da Capital conseguiu reunir provas suficientes para solicitar a prisão de Aliny Gomes Cardoso. A captura da suspeita aconteceu sem resistência, e ela foi levada à delegacia para prestar novos esclarecimentos.
O caso segue sob análise da Justiça, e Aliny pode ser acusada por homicídio qualificado, o que pode resultar em uma pena mais severa, caso seja condenada. O Ministério Público já apresentou denúncia contra ela, considerando a frieza e a premeditação do crime.
MISTÉRIOS E QUESTÕES EM ABERTO
Apesar das alegações de Aliny sobre a motivação do assassinato, até o momento, não há informações concretas que comprovem que Edson Luiz Fernandes de Almeida tenha cometido o abuso citado pela suspeita. O inquérito policial não menciona investigações prévias contra a vítima por esse tipo de crime.
O caso levanta debates sobre a justiça feita com as próprias mãos e a necessidade de investigações antes de atos extremos. Para a polícia, mesmo que houvesse suspeitas contra Edson, a atitude de Aliny não se justifica juridicamente, já que qualquer acusação deveria ser levada às autoridades competentes.
Agora, a Justiça decidirá o destino da mulher que, segundo a investigação, planejou e executou um crime brutal na Zona Oeste do Rio.