Na madrugada desta sexta-feira (26), um episódio de crueldade chocou moradores de uma comunidade do Rio de Janeiro. Um cachorro foi baleado após supostamente ser “jurado de morte” por traficantes da região. Segundo relatos, o animal teria se tornado alvo apenas por latir demais e chamar atenção durante movimentações criminosas na favela.
Este é o segundo caso em menos de 24 horas, levantando forte indignação entre protetores de animais e moradores locais. Testemunhas afirmam que os traficantes estariam incomodados porque os cães latem em momentos de agitação, podendo “denunciar” ações dentro da comunidade. Em outros casos, os animais também são vistos como ameaça por reagirem ou até protegerem moradores em situações de violência.
A brutalidade expõe mais uma faceta do domínio criminoso, onde até mesmo a vida de animais inocentes passa a ser controlada. Organizações de proteção animal já se manifestaram nas redes sociais, classificando o ato como “covarde e inaceitável”.
Moradores, que pedem anonimato por medo de represálias, relatam viver sob constante tensão, já que qualquer atitude considerada incômoda pelos criminosos pode se transformar em sentença de morte — agora estendida até mesmo aos animais.
Especialistas em segurança lembram que a prática de intimidar comunidades vai além da violência contra pessoas. “Os traficantes utilizam a força bruta para impor medo. Atacar animais é mais uma forma de mostrar quem manda no território”, afirmou um sociólogo ouvido pela reportagem.
Enquanto isso, o cachorro baleado foi resgatado por voluntários e encaminhado a uma clínica veterinária, mas seu estado de saúde ainda não foi divulgado. A população aguarda respostas das autoridades e espera que esse ciclo de violência seja interrompido antes que mais inocentes — humanos ou animais — sejam vítimas.