A comunidade de Antares, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio de Janeiro, viveu momentos de dor e indignação na noite desta quarta-feira, 27 de março. O presidente da Associação de Moradores da região, Marcos Torres Leite, conhecido por todos como Marquinho Antares, foi brutalmente assassinado a tiros, deixando moradores em choque e levantando questionamentos sobre a violência que atinge a região.
Segundo informações preliminares, Marcos foi atingido por disparos de arma de fogo em circunstâncias ainda não totalmente esclarecidas. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O caso foi inicialmente registrado na 36ª DP (Santa Cruz) e, posteriormente, transferido para a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), responsável por investigar crimes dessa natureza na cidade do Rio.
As autoridades trabalham para identificar a motivação do crime e os autores do homicídio. A investigação segue em sigilo, mas a Polícia Civil já iniciou a coleta de depoimentos e análise de imagens de câmeras de segurança que possam ajudar a elucidar o caso. Não está descartada nenhuma linha de apuração, incluindo possíveis disputas locais e pressões de grupos criminosos que atuam na região.
A morte de Marquinho causou enorme comoção entre os moradores de Antares. Descrito como um homem dedicado à comunidade, ele vinha atuando em diversas frentes, buscando melhorias em áreas como infraestrutura, saneamento e ações sociais para famílias em situação de vulnerabilidade. Nas redes sociais, amigos, familiares e moradores lamentaram a perda e prestaram homenagens, destacando sua postura firme e seu compromisso em lutar pelo bem-estar dos moradores.
O crime reacende o debate sobre a insegurança na Zona Oeste, onde comunidades convivem diariamente com a presença de facções criminosas e milícias, o que gera tensão constante e ameaça direta a lideranças comunitárias. Em muitos casos, essas lideranças acabam sendo alvo de intimidações ou até mesmo de atentados, justamente por não cederem a pressões externas.
Ainda não há informações sobre o velório e sepultamento de Marcos Torres Leite, mas a expectativa é de que amigos, familiares e membros da comunidade compareçam em peso para prestar a última homenagem. A associação de moradores também deve organizar um ato em memória do presidente, reforçando a luta por justiça e por mais segurança em Antares.
Enquanto a investigação segue, a população local clama por respostas e espera que os responsáveis sejam rapidamente identificados e levados à Justiça. Para os moradores de Antares, o nome de Marquinho permanecerá marcado como símbolo de resistência, liderança e compromisso com a comunidade.