Uma noite que deveria ser de paz e fé terminou em tragédia em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Mãe e filha foram atropeladas por um ônibus na noite desta segunda-feira (19), enquanto voltavam de um culto em uma igreja evangélica da região. A menina, identificada como Eloa, de apenas seis anos, morreu na hora. O caso gerou comoção entre moradores e reacendeu o debate sobre as péssimas condições de infraestrutura nas ruas do município.
O acidente aconteceu em uma via que, segundo testemunhas, não oferece calçada para pedestres e é mal iluminada. Além disso, veículos de grande porte, como caminhões, frequentemente estacionam de forma irregular, obstruindo a visão de motoristas e colocando em risco quem precisa transitar pela região a pé.
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, o quartel de Queimados foi acionado por volta das 21h05. Quando a equipe chegou ao local, constatou que a criança já havia falecido. O corpo de Eloa foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Nova Iguaçu.
A mãe da menina, Sulzan Vieira dos Santos, sofreu ferimentos graves. Ela foi socorrida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada para o Hospital Geral de Nova Iguaçu. De acordo com a direção da unidade, Sulzan sofreu fraturas na pelve e na região lombar da coluna. Ela segue internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI), em estado grave, porém estável.
O motorista do ônibus envolvido no acidente permaneceu no local e prestou depoimento às autoridades. Ainda não há confirmação se ele será indiciado. A perícia foi realizada no local e o caso será investigado pela Delegacia de Nova Iguaçu, que deve ouvir testemunhas e requisitar imagens de câmeras de segurança da região para esclarecer as circunstâncias do atropelamento.
Moradores do bairro onde a tragédia ocorreu relatam que o risco de acidentes é constante. “Não é a primeira vez que isso acontece aqui. Já vimos outras pessoas quase sendo atropeladas. Falta iluminação, sinalização e calçada. É uma tragédia anunciada”, desabafou uma vizinha da família.
A morte da pequena Eloa gerou grande comoção nas redes sociais e entre os moradores da comunidade, que organizaram uma vigília em homenagem à menina. Amigos e familiares lamentaram a perda precoce e pediram justiça.
A prefeitura de Nova Iguaçu ainda não se pronunciou oficialmente sobre o acidente ou sobre possíveis medidas para melhorar a segurança no local. Enquanto isso, uma família se despede de uma criança cheia de vida, vítima da negligência e da falta de estrutura urbana que ainda marca muitas áreas da Baixada Fluminense.