Um episódio controverso envolveu o diretor do Instituto Penal Benjamim de Moraes, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, que foi detido nesta terça-feira (1º) ao tentar ingressar na unidade prisional com uma ampola de anabolizante. A substância apreendida, um frasco de 10 ml de Durateston, foi, segundo o diretor, para uso pessoal.
A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou que, diante da situação, o diretor foi imediatamente afastado de suas funções e uma sindicância interna será instaurada para investigar o caso. Tanto o medicamento quanto o diretor foram encaminhados à 34ª Delegacia de Polícia (Bangu), onde o caso está sendo apurado.
O incidente ocorre menos de duas semanas após outro escândalo atingir o sistema penitenciário da região. No dia 21 do mês passado, um subdiretor e um policial penal foram presos por facilitar a entrada de celulares e drogas no Presídio Gabriel Ferreira Castilho, também em Bangu. Na operação, as autoridades apreenderam 52 celulares, maconha e anabolizantes, revelando um esquema de corrupção dentro da unidade.
A sucessão de escândalos expõe uma grave falha na segurança das unidades prisionais de Bangu, que já sofrem com denúncias recorrentes de corrupção e facilitação de entrada de itens ilícitos. Com a investigação em curso, as autoridades prometem reforçar a fiscalização e aplicar medidas mais rígidas para garantir a integridade do sistema penitenciário.
Esses acontecimentos lançam luz sobre os desafios enfrentados pelo sistema prisional, onde a corrupção e a negligência colocam em risco a segurança pública e a eficácia da punição penal. Agora, resta acompanhar o desdobramento da sindicância e das investigações policiais para entender até onde esse esquema se estende.