Dois ferros-velhos foram interditados nesta quinta-feira (22) em uma ação coordenada pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEOP), em parceria com a Subprefeitura da Zona Norte. A operação, que contou com o apoio da Guarda Municipal, Comlurb, Rioluz, Light e Polícia Militar, mirou estabelecimentos nos bairros de Colégio e Irajá, na Zona Norte do Rio de Janeiro, e teve como foco o combate à atividade irregular e à receptação de materiais sem origem comprovada.
No bairro de Colégio, os agentes da SEOP encontraram uma série de irregularidades que resultaram na imediata interdição do ferro-velho. Entre os principais problemas estavam a posse de materiais de origem duvidosa, como 20 kg de cobre queimado — um indício claro de possível receptação ilegal. O estabelecimento também operava sem câmeras de segurança, o que fere diretamente a legislação municipal que obriga esse tipo de monitoramento para ferros-velhos e comércios similares.
Além disso, o local não possuía a documentação necessária para funcionamento regular, e os agentes identificaram diversas ferramentas e objetos perfurocortantes armazenados de forma inadequada. Foram apreendidos picaretas, machados e até um soco inglês, além de diversas carcaças de celulares, todas sem procedência confirmada.
Já em Irajá, a situação não foi diferente. Outro ferro-velho foi interditado pela ausência de câmeras de vigilância e pela grande quantidade de entulho depositado de forma irregular na via pública. Os agentes encontraram cerca de quatro toneladas de lixo e restos de materiais acumulados na calçada, obstruindo o passeio público e dificultando a circulação de pedestres. Assim como em Colégio, foram achadas dezenas de carcaças de celulares sem origem conhecida.
Todo o material foi removido pela Comlurb, e a Light foi acionada para verificar possíveis ligações clandestinas de energia. A Polícia Militar esteve presente para garantir a segurança dos agentes durante toda a fiscalização, garantindo que a ação ocorresse de forma tranquila e sem resistência.
De acordo com a SEOP, essas ações fazem parte de uma estratégia mais ampla de combate à desordem urbana e à criminalidade, uma vez que muitos ferros-velhos irregulares acabam funcionando como pontos de receptação de materiais furtados, especialmente fios de cobre, que têm alto valor de revenda no mercado paralelo.
“A operação de hoje é mais um passo na nossa missão de garantir que o espaço urbano seja respeitado e que as leis sejam cumpridas. Ferros-velhos clandestinos não apenas geram prejuízos ao patrimônio público e privado, como também ameaçam a segurança da população”, destacou o secretário de Ordem Pública.
A Subprefeitura da Zona Norte reforçou que seguirá fiscalizando com rigor todos os estabelecimentos suspeitos de atividades irregulares, especialmente aqueles que descumprem normas básicas de funcionamento e segurança.
As ações continuarão nos próximos dias, com novas operações previstas em outras regiões da cidade. Denúncias podem ser feitas de forma anônima através do 1746.