O prefeito Eduardo Paes (PSD) levará à Câmara Municipal, nesta segunda-feira (17/02), o projeto de criação da Força Municipal de Segurança do Rio, uma proposta que busca transformar a atuação da prefeitura na segurança pública. A iniciativa, anunciada no início de janeiro, prevê a formação de um efetivo de 4,2 mil agentes armados até 2028, com foco no combate a crimes como roubos de rua, furtos de celulares e de veículos.
A medida visa posicionar a prefeitura como um agente mais ativo na segurança da cidade, sem interferir nas atribuições das forças estaduais. Em entrevista ao Jornal O Globo, Eduardo Paes enfatizou que a Força Municipal terá um caráter preventivo e comunitário. “A ideia é que a prefeitura possa auxiliar a Polícia Civil, mas as investigações continuarão sendo de responsabilidade do estado”, declarou.
A nova corporação não utilizará armamento pesado nem terá a missão de combater o tráfico de drogas ou milícias. O objetivo principal é reforçar o policiamento ostensivo em regiões de alta incidência de crimes, oferecendo um suporte para que a Polícia Militar possa concentrar seus esforços em operações mais complexas.
Nova Estrutura de Segurança para o Rio de Janeiro
Com o aumento da violência urbana, a proposta de Eduardo Paes visa criar um modelo de segurança que funcione em conjunto com as autoridades estaduais, mas com foco na prevenção. O efetivo será formado por agentes treinados especificamente para atuar na proteção de espaços públicos e na redução de pequenos delitos.
“Se há uma quadrilha especializada em roubo e desmonte de automóveis, por exemplo, a prefeitura pode ajudar na parte preventiva, mas a investigação e a repressão continuarão sendo funções da Polícia Civil”, explicou o prefeito. Dessa forma, a nova Força Municipal atuará de forma complementar, sem substituir o trabalho das polícias Militar e Civil.
Impacto na População e Expectativas
A criação de uma nova força armada municipal gera debates sobre sua eficiência e impactos na segurança da cidade. Defensores da medida acreditam que a presença dos agentes em pontos estratégicos pode reduzir os índices de roubos e furtos, aliviando o trabalho da Polícia Militar e permitindo uma resposta mais rápida a situações de violência urbana.
Por outro lado, há preocupações sobre o treinamento adequado desses agentes, a coordenação entre os diferentes órgãos de segurança e o risco de sobreposição de funções. Para garantir o sucesso da iniciativa, especialistas defendem a necessidade de um planejamento rigoroso e de uma definição clara das atribuições da Força Municipal.
A apresentação do projeto marca um passo importante na discussão sobre a segurança pública no Rio de Janeiro. Se aprovado, o plano promete transformar a maneira como o município participa do combate ao crime, trazendo uma nova dinâmica para a proteção da população carioca.