Os entregadores por aplicativos decidiram cruzar os braços na próxima semana em protesto por melhores condições de trabalho e regulamentação da categoria. O movimento, que já conta com a adesão de milhares de trabalhadores em diversas cidades do Brasil, promete impactar diretamente os serviços de entrega de alimentos e mercadorias durante os dois dias de paralisação.
A principal reivindicação dos entregadores é a criação de uma legislação específica que garanta direitos básicos, como remuneração justa, seguro contra acidentes, acesso a benefícios trabalhistas e transparência nos valores repassados pelas plataformas. Atualmente, muitos entregadores relatam jornadas exaustivas, baixos ganhos e falta de apoio em casos de acidentes ou problemas de saúde.
Lideranças do movimento afirmam que a mobilização é uma resposta à falta de diálogo das empresas de aplicativos com a categoria. “Estamos exigindo respeito e condições dignas para trabalhar. As plataformas lucram bilhões enquanto nós, que fazemos o serviço acontecer, ficamos desamparados”, declarou um dos representantes do grupo.
A paralisação deve afetar o funcionamento de serviços populares como iFood, Rappi e Uber Eats, além de outras plataformas de entrega. A expectativa é que o impacto seja sentido principalmente em grandes centros urbanos, onde a demanda por entregas é mais alta.
Enquanto isso, consumidores e estabelecimentos comerciais precisam se preparar para a interrupção temporária dos serviços. Alguns restaurantes e lojas já estudam alternativas para minimizar os impactos, como incentivar a retirada de pedidos no local.
Os entregadores esperam que a manifestação pressione as empresas e o governo a avançarem nas discussões sobre a regulamentação da profissão. Caso não haja avanços, novas paralisações podem ser organizadas nos próximos meses.