Calor Extremo no Rio de Janeiro Obriga Escolas a Reduzirem Horário de Aulas
O calor extremo no Rio de Janeiro tem afetado diretamente as salas de aula, principalmente aquelas que carecem de infraestrutura adequada para climatização. Segundo informações da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc), das 1.234 escolas estaduais, pelo menos 200 ainda não contam com ar-condicionado. Para minimizar os impactos das altas temperaturas, o governo determinou a redução da carga horária presencial pela metade nessas instituições.
Em nota oficial, a Seeduc reconheceu a necessidade de oferecer um ambiente escolar adequado para os estudantes, destacando que as altas temperaturas enfrentadas no estado podem comprometer o bem-estar e a concentração dos alunos. A secretaria também ressaltou que está investindo na climatização de todas as escolas estaduais, seja através da aquisição e instalação de novos equipamentos em unidades que já possuem infraestrutura elétrica adequada, seja por meio de projetos de adaptação elétrica para viabilizar a utilização dos aparelhos.
Medidas para Reduzir o Impacto do Calor
A Seeduc também estabeleceu diretrizes para auxiliar as escolas a enfrentarem esse período de calor intenso. Entre as orientações enviadas aos gestores das unidades escolares estão:
- Incentivar o consumo frequente de líquidos, especialmente água, pelos alunos.
- Preparar merendas escolares mais leves e adequadas para as altas temperaturas.
- Evitar a realização de atividades ao ar livre ou em espaços externos.
Ademais, as escolas que possuem sistemas de climatização inoperantes estão autorizadas a reduzir a carga horária presencial em até 50% durante este mês. Para minimizar os prejuízos pedagógicos, as instituições devem organizar rodízios entre as turmas para que todos os alunos possam usufruir das salas refrigeradas sempre que possível. O uso de ventiladores também está sendo ampliado como medida paliativa para amenizar as altas temperaturas dentro das salas de aula.
Desafios para Alunos e Professores
A falta de climatização tem gerado grandes desafios para professores e alunos. Em muitas unidades, o calor excessivo torna difícil a permanência na sala de aula por longos períodos, prejudicando a concentração e o rendimento escolar. Professores relatam dificuldades em manter a atenção dos estudantes e em executar atividades pedagógicas que demandam maior tempo de exposição ao calor.
“Fica praticamente impossível dar aula em uma sala superlotada e sem ventilação adequada. Os alunos não conseguem se concentrar e muitos passam mal”, relata um professor da rede estadual que preferiu não se identificar.
Alunos também expressam insatisfação com a situação. “Tem dias que é insuportável ficar na sala. A gente sai com dor de cabeça e sem vontade de estudar”, diz uma estudante do ensino médio.
Planos para Melhorias Estruturais
Apesar das dificuldades enfrentadas no momento, a Seeduc reafirmou que está comprometida em solucionar o problema da climatização escolar. Segundo a secretaria, os investimentos estão sendo realizados para que todas as escolas contem com um sistema adequado de refrigeração nos próximos anos.
Atualmente, está sendo conduzido um levantamento das necessidades estruturais de cada unidade para a implementação das melhorias de forma eficiente. A expectativa é de que, ao longo dos próximos meses, o número de escolas sem ar-condicionado seja reduzido significativamente, proporcionando um ambiente mais confortável para alunos e professores.
Enquanto isso, a comunidade escolar segue enfrentando os desafios impostos pelo calor extremo, aguardando que as medidas emergenciais e os investimentos em infraestrutura tragam soluções definitivas para o problema. A esperança é que, com uma gestão eficiente, todas as escolas estaduais do Rio de Janeiro possam oferecer condições adequadas de aprendizagem, independentemente das condições climáticas.