O enredo “A fé que emerge das águas” levou para a Marquês de Sapucaí muito mais que fantasias e alegorias bonitas para desfilar neste sábado. A Estácio de Sá, que contou a história de Jesus de Nazareno, o Cristo Negro, de Portobello, no Panamá, apresentou também representatividade na fé.
Emocionada, Elizângela Alcântara dos Santos, de 31 anos, não conhecia a história sobre o Cristo Negro até desfilar na Ala Curandeiros, neste sábado. Na Estácio de Sá desde os 10 anos, a componente passou a se interessar depois que a coreógrafa de sua ala incentivou todos a lerem sobre o tema.
“Minha coreógrafa mandou toda a história dele para conhecermos e nos engajarmos com o desfile. Fiquei apaixonada porque sempre que vemos a imagem de Cristo, ele é branco e tem olhos azuis. Estou emocionada por estar representada”, contou a desfilante.
A imagem do Cristo Negro esteve representada de três formas ao longo da evolução da escola na Avenida: na comissão de frente, pelo ator Evandro Machado; em uma escultura no carro; e pelo intérprete Serginho Porto. Ator e dançarino, Evandro fez seu primeiro desfile pela Estácio de Sá este ano.