Na noite desta quinta-feira (5), a Seleção Brasileira entrou em campo com um novo comandante, o técnico italiano Carlo Ancelotti, para enfrentar o Equador em Guayaquil, pela 15ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. O que era para ser um jogo de afirmação e início de uma nova era acabou em frustração: um empate sem gols e sem brilho, que deixou mais dúvidas do que respostas.
A expectativa era alta com a estreia de Ancelotti, multicampeão por clubes europeus e conhecido por sua capacidade de extrair o melhor de elencos estrelados. No entanto, o que se viu foi um Brasil travado, com pouca criatividade no meio-campo e dificuldades claras na construção de jogadas ofensivas. O treinador teve apenas dois treinos com o grupo completo antes da partida, o que pode explicar parte do desempenho abaixo do esperado.
Vinícius Júnior foi o nome mais ativo da equipe brasileira. Atuando pelo lado esquerdo, o atacante do Real Madrid tentou jogadas individuais e buscou o drible para quebrar a sólida marcação equatoriana. Porém, a falta de entrosamento e a pouca inspiração dos companheiros deixaram Vini isolado na maior parte do tempo. As finalizações da Seleção foram escassas e pouco perigosas, facilitando o trabalho da defesa adversária.
Do outro lado, o Equador demonstrou organização tática e disciplina, mesmo desfalcado de nomes importantes como Enner Valencia e o goleiro Hernán Galíndez. O meio-campista Moisés Caicedo teve atuação destacada, comandando as ações no meio de campo e dificultando a vida dos brasileiros. A equipe equatoriana ainda criou chances pontuais, exigindo atenção da zaga canarinho, mas também pecou na hora de finalizar.
Com o resultado, o Brasil chega aos 22 pontos e permanece na quarta colocação, dentro da zona de classificação direta para o Mundial. Já o Equador assume a vice-liderança, com 24 pontos, consolidando sua boa campanha até aqui. A situação do Brasil ainda é segura, mas a atuação preocupante acende um sinal de alerta para os próximos compromissos.
Na próxima terça-feira (10), a Seleção volta a campo contra o Paraguai, na Neo Química Arena, em São Paulo. A expectativa é que Ancelotti possa utilizar os próximos dias para ajustar a equipe, aprimorar o entrosamento e buscar soluções para os problemas ofensivos apresentados diante dos equatorianos.
Em entrevista após a partida, Ancelotti foi direto: “Temos muito trabalho pela frente. Ainda estamos no início de um processo. Com mais tempo de treino, acredito que vamos melhorar.” A torcida brasileira, embora paciente, espera uma resposta rápida. A estrada rumo à Copa do Mundo de 2026 continua, mas o Brasil precisa mostrar mais se quiser chegar ao torneio com chances reais de título.