Uma tragédia abalou a comunidade brasileira na Bolívia nesta semana. A estudante de medicina Jenife do Socorro Almeida da Silva, de 36 anos, foi brutalmente assassinada em seu apartamento localizado na zona norte de Santa Cruz de La Sierra, uma das principais cidades bolivianas. A vítima era natural de Santana, no estado do Amapá, e morava há alguns anos no país vizinho, onde cursava medicina.
De acordo com informações confirmadas pelo Ministério Público da Bolívia, Jenife foi estuprada, asfixiada e esfaqueada dentro de sua residência. O caso chocou não só os moradores locais como também os brasileiros que vivem no país, gerando uma forte comoção nas redes sociais.
A polícia boliviana foi acionada após vizinhos relatarem que não viam Jenife há alguns dias. Ao entrarem no imóvel, encontraram o corpo da jovem em avançado estado de decomposição. As primeiras investigações apontam que o crime pode ter ocorrido entre três a quatro dias antes da descoberta.
Segundo os peritos, havia sinais claros de violência sexual e luta corporal. A perícia confirmou ainda que a causa da morte foi asfixia mecânica, ou seja, estrangulamento. Após o ato violento, o autor ou autores do crime teriam desferido golpes de faca na vítima, intensificando ainda mais a brutalidade do assassinato.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, por meio da embaixada brasileira na Bolívia, informou que está prestando assistência à família da vítima e acompanha de perto as investigações. Ainda não há informações oficiais sobre possíveis suspeitos ou prisões relacionadas ao caso.
Jenife era conhecida por seus colegas como uma pessoa dedicada aos estudos e aos amigos. Sonhava em se formar médica para retornar ao Brasil e ajudar comunidades carentes do seu estado natal. A notícia de sua morte gerou comoção em Santana, onde familiares e amigos cobram justiça e esperam a repatriação do corpo.
Organizações de apoio a brasileiros no exterior também se mobilizaram para pressionar as autoridades bolivianas por uma investigação rápida e transparente. “Não podemos aceitar que uma brasileira seja assassinada de forma tão cruel fora do país sem que os culpados sejam identificados e punidos”, declarou uma representante da comunidade brasileira em Santa Cruz.
Até o momento, o caso é tratado como feminicídio, e as autoridades locais trabalham com diversas linhas de investigação, incluindo possível envolvimento de conhecidos da vítima. A expectativa é que câmeras de segurança próximas ao local e testemunhas possam ajudar a identificar os responsáveis por esse crime bárbaro.
A morte de Jenife levanta também um alerta sobre a segurança de estudantes estrangeiros na Bolívia, especialmente mulheres, que muitas vezes vivem sozinhas e enfrentam vulnerabilidades.
A família da vítima pede orações e clama por justiça. Enquanto isso, o Brasil se une em luto pela perda de mais uma mulher vítima da violência extrema.