Uma tragédia abalou o bairro de Vaz Lobo, na Zona Norte do Rio de Janeiro, neste domingo (29). Lídia Gomes dos Santos, de 27 anos, estudante de enfermagem, foi encontrada morta dentro de sua própria casa. A família está em choque e acusa o ex-namorado da jovem como principal suspeito do crime.
Segundo informações prestadas pela irmã da vítima, Lídia havia encerrado um relacionamento conturbado há cerca de três meses. Desde então, vinha tentando seguir sua vida, retomando os estudos e se reaproximando da família. No entanto, o ex-companheiro, cuja identidade ainda não foi divulgada pelas autoridades, não aceitava o fim da relação.
De acordo com familiares, no sábado (28), o homem teria entrado em contato com Lídia, insistindo para vê-la uma última vez. Ele prometeu que seria apenas uma despedida e que não a procuraria mais. A jovem, segundo a irmã, concordou com receio, mas não informou detalhes sobre o encontro. Esse foi o último momento em que a família teve contato com ela.
Na manhã do dia seguinte, os parentes estranharam o silêncio e a falta de resposta de Lídia nas mensagens. Preocupados, foram até sua casa e a encontraram sem vida. O socorro foi acionado imediatamente, mas ela já estava morta quando a equipe médica chegou.
O corpo da estudante foi removido e levado para o Instituto Médico-Legal (IML), no Centro do Rio. A previsão é de que seja liberado para a família nesta segunda-feira (30), para que o velório e o enterro possam ser realizados. A dor e a indignação marcam esse momento difícil para os parentes e amigos da vítima, que descrevem Lídia como uma jovem dedicada, sonhadora e cheia de planos para o futuro.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) foi acionada e já iniciou as investigações. A principal linha de apuração é de feminicídio, motivado pela não aceitação do término do relacionamento. Testemunhas estão sendo ouvidas e câmeras de segurança da região foram solicitadas para análise. Até o momento, o ex-namorado não foi localizado.
Familiares e amigos exigem justiça. “Ela já estava tentando recomeçar. Ele não aceitava isso, vivia insistindo. Agora tirou a vida dela. Não podemos deixar isso impune”, disse a irmã da vítima, emocionada.
Nas redes sociais, a comoção é grande. Várias mensagens lamentam a perda precoce de Lídia e fazem apelos para que o responsável seja preso o quanto antes. Grupos de proteção às mulheres também se mobilizaram e pedem uma apuração rápida e rigorosa do caso.
Casos de feminicídio têm se tornado cada vez mais frequentes no estado do Rio de Janeiro. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), somente nos primeiros meses de 2025 já foram registrados dezenas de casos similares, onde mulheres são mortas por ex-companheiros inconformados com o fim do relacionamento.
O caso de Lídia escancara novamente a urgência de políticas públicas mais eficazes para proteger mulheres em situação de risco, além de ações preventivas contra a violência doméstica. A sociedade cobra respostas e medidas concretas para que tragédias como essa deixem de acontecer.
A DHC segue trabalhando para localizar o suspeito e elucidar os detalhes do crime. Qualquer informação pode ser repassada anonimamente ao Disque-Denúncia (2253-1177). A família de Lídia pede respeito nesse momento de luto, mas reforça que não descansará até que haja justiça.