O assassinato de um adolescente de 15 anos, em Nova Iguaçu, chocou até mesmo experientes policiais civis da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). O corpo do estudante Luiz Carlos de Jesus Carvalho foi encontrado na noite de sexta-feira, às margens da linha do trem, na altura do viaduto do bairro Caonze, em Nova Iguaçu. O morador de Mesquita, que foi espancado e agredido com pedradas e pauladas até a morte, estava desaparecido desde a tarde de quinta-feira.
O estudante da Escola Municipal Monteiro Lobato, em Nova Iguaçu, voltava para casa, no bairro Juscelino, em Mesquita, por volta de 17h. De acordo com amigos, alguns jovens, entre eles a vítima, decidiram seguir pela linha do trem, pois há cerca de três semanas Luiz Carlos havia sido assaltado e acreditava que passando pelo local ele estaria mais seguro.
Após andar por 10 minutos, o grupo foi abordado por bandidos. Colegas que estavam com Luiz Carlos conseguiram correr e fugiram. No entanto, o rapaz não teve a mesma sorte. Como dificuldades para enxergar, ao tentar correr o óculos do garoto caiu no cão. Foi nessa hora que ele foi agredido pelos criminosos até a morte.
O corpo do rapaz só foi encontrado no dia seguinte por pedestres. Agentes da DHBF fizerem uma perícia no local e agora procuraram por possíveis testemunhas que possam ajudar na identificação dos assassinos. O corpo de Luiz Carvalho de Jesus foi encaminhado para Instituto Médico-Legal (IML) de Nova Iguaçu. Neste sábado, os pais do menino estiveram no IML para liberar o corpo. O enterro será neste domingo no Cemitério Municipal de Nova Iguaçu.
Nas redes sociais, amigos lamentaram o assassinato do garoto.
“Menino de boa índole, de bom coração, super tranquilo, caseiro, tinha apenas 15 anos, era de uma família evangélica, era amado por todos. Queremos entender porque ele se foi. Quais foram os motivos para esse crime? Quem são os responsáveis?”, escreveu uma internauta.
Caminhada pedindo paz e justiça
Neste sábado, dezenas de parentes e amigos do garoto fizeram uma caminhada em Mesquita pedindo “justiça” e “paz” para a região. Com a foto de Luiz em vários cartazes, manifestantes pediam também segurança. Colegas da escola em que o menino estudava também participaram da caminhada que percorreu bairros do município.
“Agora que ele está morto, aparece um monte de policial. Ninguém pode tirar a vida de uma criança dessa forma. Queremos paz! Não aguentamos mais! Ele não fazia mal a ninguém. Os pais dele estão à base de remédios”, disse uma vizinha, que pediu anonimato