Os Estados Unidos enviaram três destróieres equipados com mísseis guiados — USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson — para as águas internacionais próximas à costa da Venezuela. A medida integra uma operação de combate ao narcotráfico, anunciada pelo governo Donald Trump, e não significa a instalação de forças militares na fronteira terrestre venezuelana.
Segundo informações divulgadas por veículos como AP News, El País, Reuters e CNN Brasil, a iniciativa faz parte de uma estratégia de dissuasão contra cartéis latino-americanos classificados pelos EUA como organizações terroristas. O objetivo declarado é intensificar a vigilância marítima, interromper rotas de transporte de drogas e pressionar o regime de Nicolás Maduro.
Ao todo, estima-se que cerca de 4.000 militares, entre marinheiros e fuzileiros navais, foram mobilizados para essa ofensiva, que tem caráter essencialmente preventivo e estratégico, sem previsão de incursões ofensivas em território venezuelano.
A reação do governo de Caracas não demorou. Maduro anunciou a ativação de um plano especial de defesa, que inclui a mobilização de mais de 4,5 milhões de milicianos com a promessa de proteger “os céus, o mar e a terra da pátria venezuelana”. A retórica intensifica o clima de tensão entre Washington e Caracas, alimentando especulações sobre um possível confronto.
Apesar das narrativas que circulam em redes sociais e aplicativos de mensagens, especialistas e agências internacionais destacam que o movimento militar ocorre em águas internacionais e não em território venezuelano ou em sua fronteira terrestre.
Em resumo, os EUA reforçam sua presença estratégica no Caribe, mirando o narcotráfico, enquanto Maduro aposta na mobilização interna para mostrar força. O episódio revela mais um capítulo da crescente disputa geopolítica no continente.