Entrou em vigor nesta semana uma tarifa de 50% sobre todas as importações brasileiras nos Estados Unidos — a mais alta do mundo atualmente em vigor contra qualquer nação. A medida foi anunciada oficialmente pela Casa Branca, que justificou o decreto como uma “resposta direta” a ações recentes do governo brasileiro que, segundo o governo americano, ameaçam a segurança nacional e a liberdade de expressão nos Estados Unidos.
A decisão inédita foi recebida com surpresa e preocupação por autoridades e empresários no Brasil. Produtos brasileiros tradicionalmente exportados aos EUA, como aço, carne bovina, café e soja, estão agora sujeitos a um custo de entrada extremamente elevado, o que pode inviabilizar grande parte das transações comerciais com o maior mercado consumidor do planeta.
Em comunicado oficial, o governo dos Estados Unidos afirmou que as recentes políticas brasileiras de monitoramento de redes sociais, bem como atos que estariam limitando a atuação de empresas de tecnologia norte-americanas, motivaram a resposta diplomática e econômica. “Não podemos permitir que governos estrangeiros prejudiquem nossos princípios fundamentais de liberdade de expressão e nossos interesses estratégicos”, afirmou o porta-voz da Casa Branca.
A reação do governo brasileiro foi imediata. Em nota, o Itamaraty classificou a medida como “hostil e desproporcional”, afirmando que o país irá recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) para contestar a tarifa, que já está sendo chamada de “super tarifa” por analistas internacionais.
O impacto direto da medida será sentido em diversas cadeias produtivas brasileiras. O setor do agronegócio, que depende fortemente das exportações para os EUA, projeta bilhões em prejuízo anual, além da possível perda de competitividade em mercados concorrentes.
Especialistas apontam que, além do impacto econômico, o episódio pode marcar o início de uma crise diplomática entre os dois países, com consequências imprevisíveis. Analistas políticos temem que outros países aliados dos EUA possam seguir o mesmo caminho e impor restrições ao Brasil.
A comunidade empresarial e setores da sociedade civil brasileira cobram uma resposta firme e transparente do governo, enquanto cresce a tensão no cenário internacional. O mercado financeiro reagiu negativamente, com a bolsa de valores operando em queda e o dólar disparando frente ao real.