O jornalista William Waack, ex-apresentador do Jornal da Globo, se pronunciou neste domingo (14/1) pela primeira vez desde o anúncio oficial de sua demissão. Ele foi desligado da emissora em dezembro do ano passado, após a divulgação de um vídeo no qual faz comentários racistas.
Em artigo publicado pelo jornal Folha de S.Paulo, Waack afirma que sempre combateu todos os tipos de intolerância e que sua vida pessoal e profissional são “prova eloquente disso”. A respeito do episódio que culminou com sua saída da emissora, o jornalista rechaçou qualquer possibilidade de ser racista.
“Aquilo foi uma piada – idiota, como disse meu amigo Gil Moura –, sem a menor intenção racista, dita em tom de brincadeira, num momento particular. Desculpem-me pela ofensa; não era minha intenção ofender qualquer pessoa, e aqui estendo sinceramente minha mão”, afirmou em trecho do texto, no qual diz qual seria sua resposta aos funcionários da Globo que divulgaram as imagens, caso fosse interpelado por eles no dia da gravação.
Segundo o ex-âncora, o episódio, na verdade, é a expressão de um fenômeno atual mais abrangente, que consiste no choque entre as mídias tradicionais e as redes sociais. Para Waack, estas empresas, ao julgarem que “ceder à gritaria dos grupos organizados ajuda a proteger a própria imagem institucional”, acabam “ignorando que obtêm o resultado inverso”.
“Termino com um saber consagrado: um homem se conhece por sua obra, assim como se conhece a árvore por seu fruto. Tenho 48 anos de profissão. Não haverá gritaria organizada e oportunismo covarde capazes de mudar essa história: não sou racista. Tenho como prova a minha obra, os meus frutos. Eles são a minha verdade e a verdade do que produzi até aqui”, conclui o jornalista no texto.
Polêmica
William Waack foi afastado das bancadas globais após um vídeo de novembro de 2016 ter sido divulgado nas redes sociais. A gravação, realizada durante a cobertura das eleições de Donald Trump nos EUA, mostra o jornalista reclamando do barulho de buzina nas ruas. Waack estava em frente à Casa Branca, em Washington (EUA).
É possível ouvir um carro buzinando insistentemente nas ruas. Em seguida, ele faz a seguinte afirmação: