A Força Aérea Brasileira (FAB) enfrenta uma de suas maiores crises operacionais em anos. Um corte orçamentário de R$ 812,2 milhões, confirmado oficialmente, está obrigando o Comando da Aeronáutica a suspender operações, reduzir missões e limitar atividades estratégicas até o fim de 2025. A informação foi divulgada por veículos como Revista Oeste e Sociedade Militar.
As medidas fazem parte do cumprimento do Decreto nº 12.447, assinado em 30 de maio de 2025, que determinou um contingenciamento de R$ 2,6 bilhões no Ministério da Defesa — dos quais a Aeronáutica absorveu a maior parte.
🛑 Medidas drásticas já estão em vigor
Como consequência direta da escassez de recursos, cerca de 40 aeronaves da FAB já estão sendo paralisadas. Muitas delas são utilizadas em missões de patrulhamento aéreo, transporte logístico, resgate e deslocamento de autoridades.
Além disso, 137 pilotos foram afastados de atividades operacionais. Alguns estão atuando em jornadas reduzidas, com carga horária limitada a meio expediente. Entre os afetados, estão profissionais do Grupo de Transporte Especial (GTE), que realiza o transporte de presidentes da República, ministros e outras autoridades de Estado.
A FAB também suspendeu o uso de aviões em eventos públicos, missões internacionais e deslocamentos oficiais, limitando drasticamente sua atuação institucional e diplomática.
📉 Cortes atingem toda a estrutura da Força Aérea
Os efeitos vão muito além da redução de voos. As restrições atingem operações de combate, treinamentos, manutenção, abastecimento e logística, comprometendo toda a cadeia de funcionamento da Aeronáutica. A escassez de recursos afeta o fornecimento de combustível, peças e insumos técnicos, essenciais para manter os equipamentos em operação.
Segundo fontes internas e documentos vazados, inclusive planilhas do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), a previsão é que os impactos se estendam até dezembro de 2025. Até lá, grande parte das bases aéreas operará em ritmo reduzido, com voos cancelados ou postergados e várias unidades operando com meio expediente.
📄 Confirmação oficial da FAB
A situação não é baseada apenas em boatos ou denúncias externas. A própria FAB confirmou as medidas, por meio de nota oficial e por meio de documentos internos vazados à imprensa. Os principais pontos — o número de aeronaves paralisadas, a quantidade de pilotos afastados e a ligação direta com o decreto presidencial de maio — foram reconhecidos publicamente.
Especialistas do setor alertam que o cenário compromete a soberania aérea nacional, já que a FAB é responsável por missões estratégicas de defesa, monitoramento de fronteiras e atendimento a emergências em regiões remotas.
⚠️ O que esperar?
Com o orçamento pressionado e sem previsão de reposição de verbas, analistas militares avaliam que a crise da Aeronáutica pode abrir um precedente perigoso: o enfraquecimento gradual da capacidade operacional das Forças Armadas, especialmente em um momento de crescente instabilidade geopolítica e aumento das demandas por segurança aérea no país.
Enquanto isso, os militares aguardam uma possível reavaliação da medida pelo governo federal, que ainda não sinalizou qualquer reversão ou liberação complementar de recursos.
