Por Marcelo Tinoco
“Família de Maria Eduarda vai à Comissão de Direitos Humanos da Alerj” – O grande por que…
Toda vez que morre um civil, seja qual for a sua idade, a sociedade se apressa em culpar a PM. Seja qual for a morte, ela fica vendendo e vendendo jornais com suas manchetes e o povo tende a criar um preconceito de culpa, arvorando logo nas especulações contra as forças policiais militares, civis ou das Forças Armadas.
Por outro lado, quando morre um Policial, a manchete dura apenas 24h noticiando apenas a morte e quando muito o seu enterro. E o povo não fala nada. Podem reparar isso!
Os repórteres parecem ter esquecido o caso Tim Lopes… E acho que numa época em que o WhatsApp divulga os tribunais do tráfico na forma de vídeos de execuções de meninas e meninos, de estupros, decapitações e ou cortes de cabelos para humilhar, não há desculpa para tão somente criar uma raiva coletiva contra a força policial quando um confronto entre bandidos e policiais militares ou civil ocorre e algum civil morre vitimado por uma bala perdida.
Não consigo entender como e por que as pessoas se comportam deste modo, do mesmo modo que não consigo entender o porquê de jornalistas não criarem a pauta de discussão que seja ao menos equilibrada entre o fato e a razão.
O que se pretende com isso? Apenas alimentam um ódio coletivo contra as forças policiais.
Sabemos que toda guerra causa danos ou efeitos colaterais. Não existe guerra limpa, sem que um lado ou outro saia sem perdas. A perda não é a morte, entendam isso. A perda é quando o diálogo fracassa e a força se faz necessária. Assim é desde as Cruzadas. E assim será para sempre. Vai piorar.
Será que os jornais pretendem que os Policiais e as Forças Armadas respondam com flores e beijos para quem lhes apontam fuzis e cuspes? Por que se acha que se pode linchar as pessoas que colocam as suas caras no front e que podem morrer nos defendendo? Por que se caga e anda quando um policial morre? Por que não se pensa que o policial morto em geral deixa viúva e filhos órfãos? Quem os vai criar na ausência de um pai violentamente morto? Para mim, não importa se o 41 BPM é mais matador que seu vizinho. Isto vai ser apurado internamente pela PM. Pois quando a imprensa se preocupa muito no julgamento de Policiais (que vêm trabalhando sem receber seus soldos regularmente por atraso e porque saquearam o Estado e neste assunto não se toca!!!), está, no fundo, criando um medo coletivo contra um eventual regime militar.
Uma pena a menina morrer, mas era uma guerra.
E hoje me pergunto: quem sai de casa com a certeza de que vai voltar são e salvo?
O Brasil é violento. Seja nas palavras, seja nas atitudes ( deixe um sinal abrir e espere apenas 1 segundo e logo um santarrão buzinando atrás de você, nervoso, quando não armado!)…
Sonho por um país mais calmo.
E vamos parar de hipocrisia porque quando um parente nosso é morto num assalto, logo corremos para pedir ajuda a um policial amigo.
Sem linchamentos e mais razão.