Desentendimento por conta de uma vaga de emprego pode ter motivado assassinato de jovem
A disputa por uma vaga de emprego pode ter resultado na morte de Érica Oliveira da Silva, 24 anos, na noite do último sábado (13/01) em Santos, litoral paulista. Segundo a irmã da vítima e a Polícia Civil, Érica teria sido cercada por familiares e pela rival, Angélica da Cruz, e morta a facadas em uma rua no bairro Monte Cabrão. As autoridades investigam o caso e já fizeram o pedido de prisão preventiva para os suspeitos.
Érica foi atacada quando voltava para casa por volta das 20h ao lado das irmãs: Débora Oliveira da Silva, 22, Daniele Alves de Oliveira, 29, e Rafaela Oliveira da Silva, 21.
“Angélica provocou minha irmã, que respondeu. Aí elas começaram a brigar. A gente estava perto, mas um pouco afastada”, contou Rafaela ao UOL. “De repente o pai, o marido e o irmão mais novo da Angélica cercaram minha irmã. Então corremos para ajudar.”, afirmou a jovem.
De acordo com Rafaela, o pai segurou uma de suas irmãs – Daniele – pelo pescoço e a derrubou no chão. Angélica, então, começou a esfaqueá-la. “O irmão [de Angélica] segurou Érica enquanto o marido deu uma facada por trás.” O golpe foi letal.
Apenas Rafaela não saiu ferida. Débora foi esfaqueada uma vez e passará por cirurgia, porque está com dificuldades para andar. Já Daniele teve o pulmão e intestino perfurados por três golpes e corre risco de morrer.
Perseguição
Rafaela conta que Angélica viveu na mesma casa que elas há cerca de dez anos, quando dividiu o quarto com Érica. “Ela brigou com a família, foi expulsa de casa e minha mãe a acolheu. Ela viveu dois anos com a gente.”
Quando Angélica reconciliou-se com a família, voltou para casa e rompeu com os vizinhos. “Desde então ela começou a perseguir minha irmã.” A última investida, segundo Rafaela, foi sobre o emprego de Érica, que há quatro anos trabalhava como assistente administrativa em uma empresa de comercialização de concreto.
“No dia 8 de janeiro, ela [Angélica] parou o chefe da minha irmã na rua, pediu que ele demitisse a Érica e a contratasse no lugar. Mas o chefe contou tudo pra minha irmã”. No dia anterior ao crime, Érica postou no Facebook uma mensagem interpretada por Angélica como uma indireta.
Rafaela confirma a postagem na rede social. “Aconteceu sim. Como ela ficou ofendendo a minha irmã, ela escreveu isso no Face porque estava com muita raiva. Mas isso não pode justificar um crime desse.”
Procurada pelo UOL, a Polícia Civil de Santos informou que todos os suspeitos fugiram, mas estão sendo procurados.
FONTE: BITNEWS