Vivian Jenna Wilson, filha transgênero do magnata da tecnologia Elon Musk, fez declarações polêmicas sobre o processo de fertilização in vitro usado por seu pai. Segundo Vivian, Musk teria utilizado técnicas seletivas para garantir que seus filhos fossem do sexo masculino.
Em entrevista recente, Vivian afirmou: “Meu sexo atribuído ao nascer era uma mercadoria que era comprada e paga. Então, quando eu era feminina quando criança e depois me tornei transgênero, eu estava indo contra o produto que era vendido.” As palavras contundentes evidenciam a complexidade de sua relação com o empresário.
Elon Musk, que é pai de dez filhos, já demonstrou publicamente sua preferência por herdeiros homens e, ao longo dos anos, expressou visões controversas sobre identidade de gênero e questões relacionadas à comunidade trans. Suas declarações nas redes sociais e em entrevistas geraram críticas e afastamento de parte do público.
A relação entre Vivian e seu pai já estava estremecida há anos. Em 2022, aos 18 anos, ela entrou com um pedido legal para mudar de nome e sobrenome, alegando que não queria mais qualquer vínculo com Musk. Desde então, não há registros públicos de reconciliação entre os dois.
As novas acusações reacendem debates sobre bioética e os limites da reprodução assistida. A fertilização in vitro, amplamente utilizada por casais que enfrentam dificuldades para engravidar, pode ser acompanhada de testes genéticos para identificar características dos embriões, incluindo o sexo biológico. No entanto, a prática da seleção de gênero é um tema controverso e, em muitos países, enfrenta restrições legais e éticas.
Especialistas apontam que, caso a acusação de Vivian tenha fundamento, o caso poderia abrir um precedente preocupante sobre o uso da ciência para atender a preferências pessoais em relação ao sexo dos filhos. Ainda assim, não há provas concretas de que Musk tenha recorrido a esse tipo de procedimento.
Até o momento, Elon Musk não se pronunciou sobre as declarações de sua filha. O empresário, frequentemente ativo no X (antigo Twitter), costuma rebater críticas e polêmicas envolvendo seu nome, o que torna possível uma resposta nos próximos dias.
O caso evidencia não apenas um conflito familiar, mas também levanta questões éticas sobre o avanço das tecnologias reprodutivas e o impacto de decisões parentais na identidade dos filhos. O debate sobre identidade de gênero, liberdade de escolha e intervenções médicas no início da vida segue em constante evolução, com episódios como esse ampliando ainda mais a discussão global sobre o tema.