Bernardo Van Brussel Barroso, diretor do BTG Pactual em Miami e filho do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, optou por não retornar aos Estados Unidos após o governo norte-americano anunciar a suspensão de vistos de diversos ministros da Corte. A decisão ocorreu enquanto Bernardo estava de férias na Europa e foi tomada como medida preventiva, seguindo a orientação do próprio pai, para evitar qualquer possibilidade de ser barrado na entrada do país.
De acordo com informações divulgadas pela Jovem Pan, a medida norte-americana foi anunciada pelo governo de Donald Trump, que revogou vistos de oito ministros do STF. As sanções teriam sido aplicadas com base na Lei Magnitsky, legislação dos EUA que permite punir autoridades estrangeiras acusadas de corrupção ou violações de direitos humanos.
Fontes ouvidas pela CNN Brasil e pelo Poder360 afirmam que, até o momento, não há confirmação oficial se Bernardo está entre as pessoas diretamente afetadas pela suspensão. Entretanto, a recomendação de evitar viagens aos Estados Unidos teria sido reforçada para familiares de ministros, diante do clima diplomático tenso entre os dois países.
A decisão de Bernardo chama atenção por envolver não apenas questões políticas e diplomáticas, mas também repercussões no ambiente financeiro, já que ele ocupa posição de destaque no BTG Pactual, instituição que mantém negócios relevantes no mercado americano.
O episódio ocorre em meio a um cenário de crescente tensão nas relações entre o governo norte-americano e o Supremo Tribunal Federal, com críticas mútuas e medidas que podem impactar não apenas autoridades, mas também seus familiares e assessores próximos.
Enquanto isso, o Itamaraty ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, e permanece a expectativa de um posicionamento formal que esclareça o alcance das sanções e quem, de fato, está sendo afetado pela medida de Washington.