Os 12 meninos e seu treinador de futebol resgatados de uma caverna parcialmente inundada na Tailândia deixaram nesta quarta-feira (18/7) o hospital onde estavam internados ao norte da Província de Chiang Rai. Eles deram a primeira entrevista coletiva transmitida em rede nacional. Adul Sam-On, 14 anos, um dos garotos, disse que foi “um milagre” os mergulhadores terem encontrado o grupo.
O técnico e os meninos estavam emocionados. Alguns choraram enquanto falavam. “Eu estava com medo de não conseguir voltar para casa, de ser repreendido pela minha mãe”, afirmou um dos meninos. “Bebemos água apenas das estalactites”, lembrou outro. Um deles disse ter se sentido fraco e tentava não pensar em comida.
Além de monitorada por especialistas, o departamento de relações públicas de Chiang Rai solicitou as perguntas antecipadamente à imprensa para submetê-las aos psiquiatras.
Durante a entrevista, eles prestaram homenagem a Saman Kunan, 38. O mergulhador tailandês voluntário morreu no dia 6/7, após entrar na caverna na tentativa de salvá-los.






Ganho de peso
Os garotos ganharam cerca de 3kg cada um desde o dia que foram resgatados, informou o diretor do hospital no qual estavam internados. Eles haviam perdido 4 kg quando estavam isolados na caverna. Time tailandês realizou “exercícios para a construção de confiança” durante a última noite na instituição, disse ele.
“O motivo de se realizar uma entrevista coletiva esta noite é que os meios de comunicação têm muitas perguntas e depois (os meninos) poderão voltar para sua vida normal, sem o assédio dos jornalistas”, declarou o porta-voz do governo, Sunsern Kaewkumnerd.
Os especialistas advertem que os jogadores da equipe Javalis Selvagens e seu treinador poderão sofrer transtornos em longo prazo, em razão da intensa experiência vivida na caverna de Tham Luang, no norte da Tailândia.
Os médicos avisaram às famílias dos meninos que deverão evitar conversas com jornalistas durante ao menos um mês depois de voltarem para casa.
Após nove dias desaparecido, sem comida e sem água potável, o grupo foi localizado por mergulhadores britânicos a vários quilômetros da entrada da caverna inundada. Os socorristas estudaram a melhor forma de tirá-los da gruta e optaram por uma operação arriscada que implicava guiar os meninos por passagens inundadas em macas. Eles foram levemente sedados para evitar pânico. (Com informações da Agência Estado)