Na noite deste sábado (19), moradores do bairro de Vaz Lobo, na Zona Norte do Rio de Janeiro, viveram momentos de tensão e medo após a descoberta de um corpo completamente esquartejado, deixado em via pública nas proximidades do posto do Detran localizado na região.
Segundo informações preliminares, pedaços do corpo foram encontrados espalhados em sacos plásticos pretos, o que chocou quem passava pelo local. Ao lado dos restos mortais, havia um cartaz com uma frase escrita à mão: “Ladrão”. A mensagem causou ainda mais comoção e revolta entre os moradores.
Testemunhas relataram que, por volta das 22h, um carro de modelo e placa não identificados teria parado rapidamente no local. Poucos minutos depois, o material foi deixado no chão e o veículo fugiu em alta velocidade. O conteúdo só foi notado por populares após o mau cheiro e a movimentação incomum no local.
A Polícia Militar foi acionada e isolou a área para o trabalho da perícia. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) assumiu o caso e já iniciou as investigações para identificar a vítima, a autoria do crime e as circunstâncias que levaram ao assassinato brutal. O Instituto Médico Legal (IML) recolheu os restos mortais para exames de identificação e necropsia.
Moradores de Vaz Lobo, ainda em choque, comentaram sobre o aumento da violência na região e o clima de insegurança. “Isso aqui tá virando terra sem lei. A gente sai de casa e não sabe se volta. Um corpo assim, jogado como lixo, é desesperador”, disse uma comerciante que preferiu não se identificar.
Ainda não há confirmação oficial sobre a veracidade da acusação escrita no cartaz. Especialistas alertam que, mesmo em casos de crimes cometidos pela vítima, a prática de “justiça com as próprias mãos” é inaceitável e criminosa. A execução de qualquer pessoa fora dos trâmites legais representa uma grave violação dos direitos humanos e expõe a população ao risco de ações de grupos armados e milícias.
A Polícia Civil trabalha com várias linhas de investigação, incluindo a possibilidade de o crime estar relacionado a disputas entre facções ou atuação de milicianos. Imagens de câmeras de segurança da região já estão sendo analisadas para tentar identificar os responsáveis.
Quem tiver informações que possam ajudar na investigação pode entrar em contato com o Disque Denúncia, pelo número 2253-1177. O anonimato é garantido.